De quinta-feira ate este sábado Blumenau realiza sua 10ª Conferência Municipal de Saúde, um importante espaço de participação da comunidade no debate de políticas públicas para o setor. Temas como ‘O Brasil que temos x O Brasil que queremos’; ‘O papel do controle social e dos movimentos sociais para salvar vidas’ e a garantia dos direitos e a defesa do SUS, da vida e da democracia’ estão na pauta.
A conferência leva o nome de Conselheiro Amândio Castellain, numa homenagem a uma pessoa da comunidade que teve um papel importante na efetivação do controle social na cidade desde o princípio do SUS, em 1990, sendo presidente do Conselho Municipal de Saúde por quatro mandatos (1997-2004) e diretor administrativo da Secretaria Municipal de Saúde, na segunda gestão do prefeito Décio Lima.
Amândio foi um líder sindical e comunitário, falecido em 2021. Mecânico Ajustador, formado aos 16 anos pelo Senai, foi candidato a vice-prefeito pelo PT em 1988. Foi diretor e presidente do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos e Mecânicos de Blumenau, na década de 1990.
Idealizou e articulou a criação do CISAT, Conselho Intersindical de Saúde e Ambiente do trabalhador, em 1993, sendo seu coordenador geral por mais de 10 anos, entidade que chegou a congregar 27 entidades sindicais em defesa do SUS e da saúde dos trabalhadores.
Em 2013 recebeu homenagem da Câmara Municipal de Vereadores e do Tribunal Regional do Trabalho, por ocasião dos 70 anos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), por sua destacada atuação para melhorar a relação entre capital e trabalho.
Cristão católico, militou na pastoral operária e nas comunidades eclesiais de base (CEBs), tendo participado de missões humanitárias no interior da Bahia. Também foi catequista na Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição, no bairro Vila Nova.
Conheci Amândio, tivemos oportunidade de trabalhar juntos na Prefeitura, assim como conheço um de seus filhos, o Júlio Castellain, que prestou homenagem também nas redes sociais e Vera Castellain, irmã de Amândio, pessoas envolvidas com os movimentos sociais e sindicais.
A homenagem a Amândio, além de ser mais que justa, é um reconhecimento que sim, graças a mobilização de pessoas comuns como ele, é possível avançar em mecanismos de participação popular na construção de políticas públicas para melhorar a vida das pessoas.
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