“O melhor negócio do mundo é uma empresa de petróleo bem administrada; o segundo melhor é uma empresa de petróleo mal-administrada”, cravou, lá nos idos de 1860, John D. Rockefeller. A frase poderia ser uma síntese da maior empresa brasileira: a Petrobras. E isso explica, em partes, o motivo que garante que a Estatal nunca será privatizada: um caixa amplo que abraça as mais diversas necessidades do governo.
O americano Rockefeller, um dos homens mais ricos de toda história, foi aquele que começou a brincadeira de exploração desta riqueza que brota das profundezas e está presente em praticamente todos os produtos: de geração de energia ao alimento que chega em nossas mesas. Sim, amigo ambientalista! Nós comemos petróleo, e não existe possibilidade alguma de trocarmos a matriz do mundo por outra qualquer. Lamento!
Desde o momento que o primeiro poço de petróleo foi perfurado e o mundo encontrou utilidades para este ativo, nenhum governo deixou de controlar a exploração, armazenamento e uso. Por ser a mãe de todas as commodities, o petróleo regula os preços das demais e afeta tudo que gira o globo. Logo, as nações mais ricas, coincidentemente ou não, são aquelas com maiores estoques sob o seu poder. Dentro e fora dos limites do seu território.
Aqui, no Brasil, aprendemos rapidinho a importância de possuir o monopólio da retirada do solo e todo processo envolvendo o petróleo. Quando Getúlio Vargas fanfarreou que “o petróleo é nosso” foi apenas o primeiro, um gesto e inspiração para todos os demais que aguardariam, ao seu tempo, a oportunidade de utilizar, para os seus propósitos, o bônus que a natureza deixou.
Já tivemos Presidente que tabelou o preço de combustíveis para aliviar a inflação, outro que apropriou os recursos para propagandear seus feitos e, agora, utiliza-se para tapar buracos na area fiscal de uma gestão que, para dizer o mínimo, é equivocada. Então, você pode até escolher qual a versão de Petrobras é a sua cara. O que não dá para negar é que o movimento do petróleo define a saúde e continuidade de um governo no Brasil. Ponto! O resto é retórica para aliviar o ego por sua escolha.
A demonstração clara está no gráfico de preços do barril do petróleo em reais. É impressionante como nossos melhores momentos econômicos foram quando o preço do brent esteve em momentos de máxima histórica. A reversão de valores desta commoditie também marca o fim de um comando no poder brasileiro. Foi assim, por exemplo, entre 2006 até 2014. Está assim, com um brevíssimo momento de pausa, desde 2018.
O lucro recorde da Petrobras, anunciado nesta semana, possui uma série de explicações. Algumas bem simples: nunca o barril de petróleo foi vendido a um valor tão alto em reais. E se você começar a estudar mais o relatório verá que o lucro, em boa medida, vem de uma contabilidade criativa que envolve o recebimento de ativos vendidos (como uma distribuidora) e a reversão de provisões de débitos tributários para créditos.
Mas, que raios isso tem relacionado com os cofres da União? Acontece que a empresa optou em antecipar dividendos, a partilha dos lucros de agora e dos trimestres seguintes (mesmo sem saber se eles ocorrerão). E quem é o maior acionista da Petrobras? O Governo brasileiro, que terá o caixa reforçado para gastar mais em um período pré-eleitoral. Que legal, ne?
Penso que se John D. Rockefeller estivesse vivo e conhecesse o Brasil de hoje faria questão de rever algumas de suas frases. Como, por exemplo, a que diz que “acredita que a lei foi feita para o homem e não o homem para a lei; que o governo é o servo do povo e não seu mestre”.
O problema do petróleo no Brásil é antigo com os agora estancados roubos e desvios de dinheiro, (Petrobras) veio um governante para estancar o sangramento da moeda e de quebra tirar o imposto federal dos combustíveis nos estados para que o preço abaixe! O que os estados fizera para ajudar a levantar a economia e ajudar a baixar o preço?
NADA!!!!