O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) durante sua visita a Santa Catarina neste fim de semana ouviu de lideranças locais o pedido para que interfira no impasse para a aplicação de recursos estaduais nas obras de duplicação da BR 470.
A proposta do Governo do Estado é aportar os R$ 200 milhões já aprovados pela Assembleia Legislativa exclusivamente nos lotes 1 e 2 da duplicação, proposta esta que tem o apoio das lideranças empresariais catarinenses e de prefeitos da região. Na última quinta-feira, 5, mais de 120 entidades de diversas regiões de Santa Catarina divulgaram um manifesto em favor da posição do governador Carlos Moisés (sem partido), que aguarda resposta do DNIT sobre o assunto há cerca de dois meses.
Segundo o documento, a aplicação do dinheiro nos quatro lotes – que passou a ser defendida pelo senador Jorginho Mello (PL), pré-candidato a governador e adversário eleitoral do governador Carlos Moisés – seria pouco efetiva neste momento. As entidades citam um relatório de gerenciamento entregue ao DNIT no fim de julho, que menciona a falta de recursos federais para o prosseguimento das obras nos lotes 1 e 2 – de Navegantes até a divisa de Gaspar com Blumenau.
Além disso, o documento também aponta o custo elevado em desapropriações nos lotes 3 e 4, ao passo que cerca de R$ 10 milhões resolveriam a mesma questão nos lotes 1 e 2. As entidades também contestam a demora do Governo Federal em aceitar a proposta do Estado.
“Diante da emergência posta, dos fatos elencados, do impasse político criado em torno da duplicação da BR-470/SC, as organizações signatárias clamam ao presidente da República, Jair Messias Bolsonaro; ao ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas; ao diretor-geral do DNIT, general Antônio Leite dos Santos Filho; que, investidos do mais elevado espírito público e patriótico, aceitem os recursos do Governo do Estado para os lotes 1 e 2 da duplicação. São R$ 200 milhões mais que necessários e que podem contribuir de forma decisiva para o bem de Santa Catarina e do Brasil. A parceria precisa dar certo”, diz a parte final do manifesto.
Está marcada para o dia 17 de agosto uma audiência pública no Senado Federal para tratar do assunto com o ministro Tarcísio. A reunião havia sido marcada para 3 de agosto, porém foi adiada a pedido do Ministério da Infraestrutura.
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