Embora para alguns minha recusa em assinar a carta proposta na reunião desta segunda-feira (23/8) do Fórum Nacional de Governadores tenha parecido um titubeio na luta em defesa da democracia, quero deixar claro – como o fiz vigorosamente durante o dito encontro – que não concordo é com o instrumento proposto para a discussão dos grandes problemas e anseios nacionais. Não foi o assunto, mas o meio proposto.
Não foi a primeira vez, nem será a última, que defenderei minha convicção de que as vibrantes aspirações da nação não devem ser resumidas a letras impressas num papel. Defendo, como defendi na reunião do Fórum, que os assuntos mais prementes da vida política brasileira sejam tratados presencialmente, olho no olho, onde o calor do debate possa ser sentido na pele, e não descrito com belas e às vezes inócuas palavras.
Sugeri no encontro uma ação nossa, uma ação mais presente. Uma reunião presencial para colocarmos a nossa posição de forma clara e tranquila junto aos Poderes, em defesa dos interesses de todas as esferas.
E estimo considerar que minha sugestão tenha sido aceita pelo grupo de governadores, cujas lideranças irão propor um encontro com os Poderes, onde todos os assuntos que seriam dispostos na carta serão elencados
numa reunião republicana, de altíssimo nível.
Tenho certeza de que os efeitos serão muito mais palpáveis do que se tivéssemos nos limitado a uma folha de papel.
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