Nesta semana o PSDB confirmou a inscrição de quatro nomes como pré-candidatos para as prévias do partido: os governadores João Doria (SP) e Eduardo Leite (RS), o senador Tasso Jereissati (CE) e o ex-prefeito Arthur Virgílio Neto (AM). Agora, eles terão que percorrer o Brasil apresentando as propostas do PSDB com a ideia de retomar o crescimento. As prévias estão marcadas para o dia 21 de novembro.
O objetivo das prévias é escolher um nome para disputar o pleito de 2022 para o cargo da presidência da república. Essa será a primeira vez, em 33 anos de história, que os tucanos farão uma disputa interna para chegar a um nome de consenso. Leite reúne maior simpatia entre os membros do PSDB, mas Dória também vem tentando superar a rejeição e fazendo uma campnaha intensa nos estados. Tasso e Arthur não se movimentaram tanto. Alguns tucanos juram que eles mantiveram o nome na disputa de forma estratégica para beneficar Eduardo Leite e assim angariar votos do Nordeste e do Norte do país.
Na passagem por Santa Catarina tanto Leite quanto Dória foram muito bem recepcionados. Ao que tudo indica, os tucanos catarinenses podem ter feito uma boa escolha em concentrar apoio e atenção ao governador do Rio Grande do Sul. Alguns tucanos ainda estão vivendo a paixão bolsonarista e Eduardo vai ralar bastante para conquistar esse apoio do Sul do país caso venha ganhar as prévias.
A verdade é que está na hora brecar o tão espaçoso PSDB de São Paulo. Desde as ‘Diretas Já’ todos os tucanos que concorreram à presidência são de lá – exceto Aécio Neves, que é de Minas Gerais. O PSDB precisa dar oportunidade pra gente diferente, pra outros estados, pra gente nova e mais que isso que entende e respeita a diversidade, as diferenças e a democracia.
Leite reúne essas características. Tem 36 anos de idade e 20 de filiação. Foi seu primeiro e único partido. Me identifico com ele não apenas pela escolha da sigla, mas principalmente pelos passos que seguiu até alcançar o governo gaúcho. Foi suplente de vereador, vereador eleito e prefeito de Pelotas. Contrariou o próprio partido não concorrendo a reeleição. Ele pode por muitas vezes pular fora e lavar as mãos, mas se manteve firme no propósito. Ousou perder a popularidade quando se manifestou contrário as barbaridades sem pé e cabeça do presidente Bolsonaro, mas não perdeu a credibilidade. Não ficou em cima do puro e não deixou de se posicionar.
Ele é o favorito! Vai ser mais que uma terceira via, pois no governo ou na oposição, o PSDB nunca deixou de pensar no Brasil, de discutir seus problemas e desafios e mais – nunca deixou de propor soluções. O PSDB sempre construiu e partidos que têm ambição de liderar processos de mudança devem ser capazes de produzir pensamento e apontar rumos. O Brasil precisa de alguém com coragem, disposto a mudar, de tocar na ferida e de fazer reformas. Agora é a vez do Leite!
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