“A parte mais sensível do corpo humano é o bolso”. Delfin Netto, o economista dos coturnos, foi preciso: não existe dor maior que a falta desta suja energia que move as pernas e braços em todas as direções. O dinheiro é a única potência capaz de transformar qualquer coisa… guerra em paz, burrice em genialidade, decadência em prosperidade, mediocridade em autoridade. Um país, em especial, sua força é medida primeiro por sua capacidade de gerar riqueza. Assim, nunca se espera de um governo qualquer gesto que caminhe na direção da destruição de patrimônio. O Brasil é um desvio dos padrões convencionais, clareza reforçada na última semana.
Uma nação, um reinado, deve buscar, pelo menos nos gestos e no papel, sempre proteger os mais fracos, trabalhar para promover potenciais de futuro e reduzir as desigualdades. É para isso que devem ser utilizados os dinheiros arrecadados. Portanto, tudo bem que existam programas como o Bolsa Família, Coronavoucher, entre outros. Na verdade, são louváveis iniciativas de transferência de renda e assistência aos mais vulneráveis. É a nossa cota de contribuição patriótica para os irmãos de bandeira. O que pega é a confusão, a incerteza, a falta de clareza e o “jeitinho” em tudo.
Mais uma vez recorro ao velho Delfin para dizer que “é desanimador! Uma coisa inconcebível! Estamos em um Estado caótico. Sem direção, sem programa, sem projeto, uma estupidez geral!”.
Como é possível alguém acreditar, faltando um ano para o pleito eleitoral, em alguém que não entregou nada, em três anos, além de confusão, preconceito, tensão e retrocesso? As estatais não foram privatizadas e no lugar de técnicos militares comandam. Isso é a nova política? A impunidade, o foro privilegiado não chegou ao fim. A Lava Jato sim! E os escândalos envolta da família presidencial seguem… Um novo padrão de moral e ética invejável é isso? A reformas tributárias, fiscais, administrativas e políticas não chegaram também… lembro, foram nestes anos que tentaram reviver CPMF, tributar dividendos, cortar direitos trabalhistas e transformar servidor público em parasita. Parece que continuamos com mais Brasília e menos Brasil.
Nosso resultado, como país, deste experimento bizarro é inflação gritando mais de 30% ao ano para povão e 10% para os mais ricos. É o país de combustíveis caros, de alimentos impagáveis e briga por restos e ossos. Ou tudo aquilo que uma moeda jogada no lixo é capaz de pagar.
A confusão gerada na semana pelo Governo Federal e inatividade do Banco Central levará algum tempo para encontrar um fim. Os números mostram, claramente, o tamanho do problema: se em janeiro de 2021 os juros no Brasil eram 2% ao ano o preço do mercado para Selic em outubro de 2022 é de 13% ao ano.
O Ex-governador Luiz Henrique, se vivo estivesse, repetiria sua frase de 1991: “O vazio de governo cria o vazio de Congresso, que cria o vazio nacional e espalha a desgraça, o desalento. Enquanto isso, a inflação volta a subir com ímpeto. E, com ela, volta a velha prática de elevação de juros. Os juros da quebradeira”.
Tarciso.
Não conheço você como empresário, mas como jornalista, estás muito preconceituoso.
Parece que entende muito pouco da politica brasileira. Segue conceitos do também, velho e ultrapassado Delfim.
Mostra números que ainda não aconteceram.
Pinta um estado caótico… mas, onde você estava quando os esquerdistas petistas e outros, assaltaram o Brasil e o Povo Brasileiro?
É bom se informar mais sobre o nosso Brasil atual. Inclusive acompanhar oque o teu “chará” esta fazendo com o Pais, terminando obras dos Petistas corruptos de 15 anos passados.
Se não sabia, veja/acompanhe oque esta sendo feitos só com ferrovias!!!
Para ser jornalista é muito diferente do que estás noticiando…
O problema esta na Câmara dos deputados e no congresso nacional. Duas entidades repletas de pessoas sem dignidade , que quanto pior melhor .
Não que Bolsonaro seja o ideal, mas 10 vezes um Bolsonaro mesmo com os erros cometidos a ter o PT e sua quadrilha no poder .
Fato é : inflação, desemprego alto, caristia determinando desdobramentos que atingem vcasse média no caminhar, logo alí.