Opinião: governador sanciona lei que amplia direitos para pacientes renais crônicos

Foto: Júlio Cavalheiro

Nesta quinta-feira, dia 18, o governador Carlos Moisés (sem partido) sancionou o projeto de lei que amplia os direitos dos doentes renais crônicos. A proposta é de autoria do deputado estadual, Coronel Mocellin (PSL), e foi aprovada em outubro por unanimidade na Assembleia Legislativa. A norma vale para casos de deficiência renal crônica estágio V, que são pessoas com transplante renal, pacientes com insuficiência renal crônica, lesão renal progressiva e irreversível da função dos rins em sua fase mais avançada.

Com isso, as pessoas nessas condições vão passar a ter garantias previstas na Lei 17.292/2017, que trata sobre os direitos das pessoas com deficiência no Estado. Entre os direitos previstos estão a inserção ao mercado de trabalho, transporte intermunicipal gratuito e atendimento preferencial, por exemplo. Segundo o deputado Mocellin mais de 10 mil pessoas serão beneficiadas em Santa Catarina.

Fiquei muito entusiasmada com a sanção dessa lei. Embora eu não seja transplantada, já fiz uma cirurgia nos rins aos três meses de vida. Durante toda minha infância fiz acompanhamento anual para avaliar os resultados dessa cirurgia, que tratou além de um refluxo no rim direito, também uma pieloplastia no esquerdo, que ao longo prazo poderia levar a falência dos rins.

Com isso, em 2019 busquei conhecer um pouco mais sobre transplantes e tratamentos para rins. Tive a oportunidade de conhecer de perto a Renal Vida, que é referência no tratamento de hemodiálise. A associação atende 71 municípios e quase 90% desses atendimentos são feitos pelo SUS. Sempre defendi e continuo acreditando que – mesmo tendo sede em uma cidade específica é preciso de mais participação de todos, seja Executivo, Legislativo ou comunidade – que utilizam dessa estrutura.

Uma pessoa que tem insuficiência renal acaba tendo uma rotina diferente de todos. Elanecessita fazer hemodiálise três vezes por semana durante quatro horas, ou seja, em uma semana ela passa 12 horas conectada a um aparelho. É um tratamento cansativo e doloroso não só para o paciente, mas também para a família. A lei é uma conquista e uma ação respeitosa com o paciente renal! Saber que essas pessoas vão, de certa forma, se sentirem mais acolhidas por meio da aprovação desta lei, nos encoraja e dá ânimo.

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