É, a cada dia que passa, o namoro com o Governo Bolsonaro (PL) parece arrefecer em setores importantes da sociedade de Santa Catarina e de Blumenau. A condução da pandemia, com aberrações que não dá para entender, a economia estagnada, a inflação alta e ainda corte de investimentos tem feito muita gente ter uma postura critica mais forte contra a União.
Nesta quarta-feira, após a publicação pela imprensa da confirmação do corte de verbas federais para obras nas BRs em Santa Catarina, muita gente simpática e aliada ao presidente endureceu o discurso.
O prefeito Mário Hildebrandt (Podemos) foi um deles. Em postagem nas redes sociais, considerou inacreditável e inaceitável. “Este é o segundo corte de recursos para a Rodovia em menos de 3 meses. Cabe lembrar que em novembro de 2021 o Governo Federal já havia retirado R$ 25 milhões da BR. Como prefeito da maior cidade cortada pela 470 e, por utilizar a via com frequência, não gostaria de estar lendo novamente uma notícia assim”
O senador Esperidião Amin (PP), que gosta de dizer que é amigo do presidente Bolsonaro, é outro que engrossou o coro.
“Santa Catarina teve o segundo maior corte com vetos! Vamos tomar providências na semana que vem, assim que retornarmos com as atividades parlamentares em Brasília.”
As entidades empresariais de SC, que recentemente bancaram out doors contra a reeleição, incentivando o que consideraram nova política, se posicionaram através da Facisc.
“Novamente somos prejudicados na composição orçamentária federal. Esperamos uma reação mais contundente dos nossos representantes políticos e que alguma medida compensatória seja feita. Não podemos continuar sendo desprestigiados no contexto federal, principalmente diante de tanta contribuição que representa nosso estado no contexto público e privado”, declarou o presidente da Facisc, Sérgio Rodrigues Alves.
O documento é endossado por outras entidades, como a ACIB, associação empresarial de Blumenau e mais antiga do Estado.
A bancada catarinense se reuniu de forma remota com a direção do DNIT em SC e conseguiram antecipar a agenda com o ministro Tarcisio Freitas em uma semana, com a nova data ficando marcado para a próxima terça-feira.
Em novembro quando foi recomposto 57 milhões ninguem abriu o bico.