Olha tem coisas que realmente não dá para entender. A mini-reforma eleitoral proposta para esta eleição trouxe mais distorções do que o avanços, na visão do Informe. A iniciativa de mudança é importante, com objetivo, entre outras coisas, de diminuir a influência do poder econômico.
Mas não foi o que se viu. Quem tem mandato, quem tem recursos financeiros pessoais e de simpatizantes, levou vantagem.
Agora neste segundo turno mais uma exemplo de distorção. Os blocos dos programas eleitorais no rádio e na TV tem duração prevista pela Justiça Eleitoral de 20 minutos cada, 10 para cada candidato. A ideia é correta, distribuindo igualmente o tempo para os dois que disputam o segundo turno.
Mas 20 minutos é muito tempo. Por que não adotaram isso no primeiro turno, quando haviam mais candidatos?
No primeiro turno eram 10 minutos em cada bloco, o que fez com que dois candidatos ( Ivan Naatz (PDT) e Arnaldo Zimmermann (PCdoB)) tivessem 30 segundo em média cada um, enquanto Napoleão Bernardes (PSDB) tinha quase cinco minutos. O tempo é calculado com base na representação partidária, o número de deputados federais por partido/coligação.
Os representantes jurídicos das duas candidaturas reúnem-se nesta terça-feira com a juíza eleitoral Quitéria Tamanini Vieira Péres, para tentar manter os dez minutos, cinco minutos para cada candidato. Até pela questão financeira, afinal manter dez minutos todo o dia estoura qualquer orçamento, ainda mais nestes tempos bicudos.
Em tese os programas estão liberados para serem veiculados já a partir de quarta-feira, até oi prazo máximo do dia 15. Os partidos pedirão para começar segunda-feira, 10.
Em Florianópolis já houve acordo entre as candidaturas que foram para o segundo turno e a Justiça Eleitoral. Serão 10 minutos por bloco e começa segunda-feira.
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