Provavelmente você já deve ter ouvido falar sobre o programa Vereador Mirim, mas se você não sabe o que é, trata-se de um programa que tem como principal objetivo dar oportunidade para jovens e adolescentes de participarem de uma campanha eleitoral dentro das escolas e exercerem um mandato tal e qual um vereador na câmara adulta. Olha que ferramenta importante e maravilhosa de praticar a cidadania, democracia e, mais que isso, compreender na prática que a política é absolutamente tudo o que nos envolve.
Escrevo isso, pois essa semana, em Gaspar, por exemplo, tomaram posse os novos vereadores mirins da cidade e aí comecei a pensar sobre o assunto e da importância de valorizar não apenas o programa que tem em diversas cidades da região, mas como trabalhar a política – não a partidária – com os mais novos. Tem muitas pessoas que acreditam que a política é somente um sinônimo para partidos, eleições e conchavos, mas ela vai além disso e tá aí a importância de mostrar desde agora o que é política de verdade e o porquê é importante participar.
Embora com algumas situações totalmente diferentes do que é numa câmara adulta, a câmara mirim te dá oportunidades muito mais de vida do que uma experiência “profissional”. São desafios que já começam na escola, quando é preciso convencer os amigos e colegas a votarem. E, caramba, até na escola acabam tendo votos brancos e nulos. Além disso, há somente um vencedor por educandário e isso quer dizer que o restante dos candidatos já tem que lidar também com a derrota, ensinando que nem sempre é possível vencer, mas que o importante é tentar, mas mais que isso, se colocar à disposição.
O jovem precisa ouvir e falar sobre política. Em outra coluna que fiz aqui para o Informe sobre ‘regularização de título eleitoral’, afirmei algumas vezes de que é preciso incentivar e plantar a sementinha na cabeça da piazada. Agora, repito. É preciso estimular Discutir política sem paixão, sem amarras, sem ódio. Dialogar, buscar consenso e mostrar, na prática, como é possivel usar a política para as coisas boas. Isso começa em casa, sim, mas pode ser apurado e intensificado na escola e, por que não, lapidado com programas como esse do Vereador Mirim?
Com isso, essa adolescente começa a entender que não existem apenas direitos, mas também os deveres enquanto parte de uma comunidade. O jovem tem opinião e tem atitude. O programa Vereador Mirim foi apenas um dos tantos exemplos que podia citar. Ele, assim como os grêmios estudantis são a prova viva do engajamento da juventude para a contribuição nas causas. Isso ajuda na compreensão do aluno em como ser coletivo e construir mudanças.
Por fim, que todos nós, sociedade em geral, possamos ser exemplos em ensinar e tratar com verdade sobre a política. Eu acredito que somente desta forma vamos prosperar e preparar – para o futuro – cidadãos conscientes, engajados, capazes e seletivos para participarem do processo democrático, seja sendo candidato ou apenas eleitor. Eu ainda, com 28 anos de idade, posso me autodeclarar jovem e sei que o nosso principal desejo é termos nossas vozes ouvidas e que busquemos justiça para aquilo que não está certo nesse mundo.
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