O dia 7 de abril é marcado pelo Dia do Jornalista. Eu sou jornalista. Mas, por que eu quis ser? Porque eu queria escrever sobre política, queria contar boas histórias. Eu acredito que o jornalista é o único profissional que tem a capacidade de ouvir as pessoas e traduzir em texto, vídeo e áudio, os sentimentos e emoções de acontecimentos coletivos ou individuais. A nossa atividade exige uma responsabilidade gigante e direta com a comunidade e com o mundo. É uma profissão grandiosa que merece e precisa ser valorizada e respeitada.
Impossível falar sobre jornalismo e não refletir sobre as dificuldades que nosso ofício vem passando. De uns tempos pra cá nós estamos sendo atacados e ameaçados constantemente pelo simples fato de exercer nosso trabalho, sendo que uma das principais características da nossa função é exatamente questionar, fazer perguntas.
Tem algo que me chama muita atenção – acompanhando hoje – o outro lado do bastidor do mundo político. Olha que intrigante. No cenário da política nacional as pessoas não querem, por exemplo, que o presidente seja questionado. Já na esfera municipal a comunidade procura todos os dias jornalistas ou comunicadores para serem suas vozes e chamar atenção de prefeitos e vereadores sobre buraco na rua, mato nas calçadas ou a má aplicação do dinheiro público.
O que dá a entender é que lá o jornalista deveria ser omisso, não alertar, não mostrar as dificuldades e problemas do governo nacional, mas por aqui é por meio das rádios, jornais e blogs que as pessoas seguem em busca de mais agilidade e respostas aos serviços públicos. Ou seja, valorizam o papel da imprensa. Mas, afinal, qual a diferença do que ocorre na política daqui ou de lá? Pois é, nenhuma. A imprensa simplesmente segue fazendo o seu papel.
Tem duas frases sobre jornalismo que são muito legais! A primeira é do George Orwell que diz que “Jornalismo é publicar aquilo que alguém não quer que se publique. Todo o resto é publicidade”; e a outra é “Jornalismo é tirar a venda dos olhos de quem não conhece a verdade”, da Dryeli Oliveira. Essas duas frases casam muito bem com o que escrevi nos parágrafos acima. O jornalismo foi feito para tudo e todos e não é e nem deve ser usado apenas para o que convém a alguém.
É, não tem jeito. Vão ter vezes que o jornalista vai noticiar algo que você não gosta – ou gosta, não acredita – ou acredita e não quer ser contrariado. Ele vai falar do teu político, do teu time de futebol, sobre a religião e todos os assuntos que geralmente são motivos de briga e intriga no almoço de domingo. Ele vai colocar o dedo na ferida, tentar fazer você enxergar o outro lado da história. Vai colocar aquela tua certeza em dúvida e isso vai fazer você pensar, pois esse, esse é o papel do jornalismo. Jornalista? Sim, prazer!
Meu reconhecimento aos colegas de profissão que por tantas vezes foram desrespeitados. Que possamos continuar lutando pelo direito de exercer nossos papéis sem medo, perseguição e ameaças. Que o jornalismo continue sendo um grito de liberdade, aquela paixão de faculdade e da vontade de mudar o mundo.
Fala muito bem da profissão que não exerce a vereadora do vale alimentação. Engraçado que quando foi para falar do vale passa fome ela não teve todo esse glamour