Foi publicado na edição do Diário Oficial da União (DOU), desta segunda-feira, 18, o decreto que oficializa Victor Godoy como ministro da Educação.
Até então secretário-executivo da pasta, Godoy assumiu o MEC interinamente desde a saída de Milton Ribeiro, no final do mês passado. Ele é o quinto nome a chefiar o MEC durante o governo Bolsonaro.
A publicação foi assinada pelo presidente Jair Bolsonaro, que já havia antecipado a efetivação à CNN Brasil, em uma entrevista exclusiva neste sábado.
“Eu já dei a ordem para efetivar, porque apenas interino ele tem certas dificuldades, até de locomoção. O que está acertado, em nada acontecendo com o ministro Milton, ele volta”, afirmou Bolsonaro.
Saída de Milton Ribeiro
Ribeiro anunciou sua exoneração da pasta na segunda-feira, dia 28 de março. A exoneração foi publicada em uma edição extra do “Diário Oficial da União”, assinada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Não me despedirei, direi até breve”, disse o ex-ministro em carta entregue a Bolsonaro. Ribeiro é alvo de um inquérito da Polícia Federal (PF) e do Supremo Tribunal Federal (STF) por suspeitas de favorecimentos a pastores na distribuição de verbas do Ministério da Educação (MEC).
Diante das suspeitas, Ribeiro, que foi convidado a comparecer ao Senado para prestar esclarecimentos sobre o caso, diz que decidiu “solicitar ao Presidente Bolsonaro a minha exoneração do cargo, com a finalidade de que não paire nenhuma incerteza sobre a minha conduta e a do Governo Federal”. No rascunho da carta, Ribeiro diz ainda que deve retornar à pasta. “Depois de demonstrada minha inocência estarei de volta, para ajudar meu país e o Presidente Bolsonaro na sua difícil mas vitoriosa caminhada.”
Em um áudio obtido pelo jornal “Folha de S.Paulo” e em reportagens do “O Estado de S. Paulo”, Ribeiro é envolvido no que seria um esquema de favorecimento a pastores na pasta.
Em uma conversa gravada, o ministro afirma que recebeu um pedido do presidente Jair Bolsonaro (PL) para que a liberação de verbas da pasta fosse direcionada para prefeituras específicas a partir da negociação feita por dois pastores evangélicos que não possuem cargos no governo federal.
Na semana passada, Ribeiro negou que tenha favorecido pastores. Em nota enviada à CNN, o ministro dizia ainda que o presidente “não pediu atendimento preferencial a ninguém, solicitou apenas que pudesse receber todos que nos procurassem”.
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