O ex-ministro da Educação Milton Ribeiro relatou à filha que seria alvo de busca e apreensão, informação que o ex-ministro teria conseguido por meio de ligação recebida do Presidente da República, Jair Bolsonaro (PL). O processo tem cerca de 1.800 conversas grampeadas.
“A única coisa meio…o presidente da República me ligou… ele está com um pressentimento novamente, que eles podem querer atingi-lo através de mim, sabe? É que eu tenho mandado versículos para ele, né?”, disse.
A filha, então, o questiona: “Ah! Ele quer que você pare de mandar mensagens?”
E Ribeiro responde: “Não! Não é isso… ele acha que vão fazer uma busca e apreensão…em casa… sabe… é… é muito triste. Bom! Isso pode acontecer, né? se houver indícios né…”
Segundo a Polícia Federal (PF), as transcrições das conversas sugerem que Milton Ribeiro estava ciente da execução de busca e apreensão em sua residência e externa preocupação com os pastores Gilmar e Arilton.
“Nos chamou a atenção a preocupação e fala idêntica quase que decorada de Milton com Waldemiro e Adolfo e, sobretudo, a precisão da afirmação de Milton ao relatar à sua filha”, disse o delegado Bruno Calandrini.
Para a PF, “os indícios de vazamento são verossímeis e necessitam de aprofundamento diante da gravidade do fato aqui investigado”.
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