Faltando pouco mais de uma semana, percebemos os diferentes institutos de pesquisa dando resultados distintos, tanto na eleição nacional quanto na de Santa Catarina. O que nos possibilita afirmar que alguns institutos devem quebrar a cara nesta eleição.
As diferenças se dão por algumas circunstâncias. A forma de amostragem, o número de entrevistados, a estratificação do público ou safadeza mesmo. Alguns institutos são pagos – e veículos de comunicação também, claro, aqueles sem ética – para divulgarem pesquisa para este ou aquele candidato.
O próprio Informe Blumenau já recebeu, pelo menos em duas oportunidades em eleições passadas, “sugestão” de publicar determinada pesquisa como contratante, obviamente para divulgar o resultado que seria favorável para determinadas candidaturas. “Sugestão” esta que veio acompanhada de oferta em dinheiro, rechaçada na hora.
Pesquisa é coisa séria e pesquisa boa é cara. Pode até errar, não captar determinada tendência de mudança ou oscilação de voto do eleitor, mas é um trabalho científico importante numa campanha.
Praticamente todos os candidatos contratam institutos para acompanhar o desempenho deles e dos adversáros, mas não registram as pesquisas, portanto, não podem divulgar de acordo com a legislação eleitoral.
Dito isso, tenho como regra no Informe Blumenau ter como régua de avaliação uma medida. Institutos tradicionais, contratados por veículos de comunicação tradicional. Por isso, me atenho, com todo o risco que isso traz, ao Datafolha e ao IPEC, tanto no cenário nacional quanto no estadual.
No nacional, os dois institutos ao longo de todo o mês de setembro, apontam o mesmo caminho, com pequena variação entre um e outro. Vantagem de Lula (PT) de 14 a 16 pontos percentuais sobre Bolsonaro (PL), com a possibilidade – possibilidade apenas – da eleição ser resolvida em 1º turno, em um cenário de números estáveis.
Mas outros institutos deram nesta semana resultados diferentes. Brasmarket e Futura Inteligência apontam Bolsonaro na frente, Paraná Pesquisas um cenário de quase empate técnico e outros vantagem do petista, mas menor da que apontada
Vale também para o Estado. Nesta semana o IPEC, contratado pela NSC, apontou empate técnico entre Moisés (Republicanos) e Jorginho Mello (PL), com 20%, e um cenário de empate técnico entre Amin (PP) e Gean Loureiro (União) na casa dos 15% e Décio Lima (10%) com 10% em um cenário que tudo pode acontecer.
Mas outros institutos colocam Gean Loureiro na frente, ou Jorginho Mello e ate Décio Lima em segundo.
Falta pouco, No dia dois de outubro saberemos quem quebrou a cara.
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