Os favoritos de Blumenau para a Câmara dos Deputados

Repito aqui a mesma introdução que fiz num outro post, similar, mas sobre os candidatos de Blumenau à  Assembleia Legislativa.

A contabilidade eleitoral que farei neste post está longe de ser uma matemática exata, como é a matemática. É uma análise que leva em conta a visibilidade das campanhas, capilaridade estadual, o histórico, a concorrência interna, a concorrência externa, as alianças estaduais e nacionais, apoios e estrutura.

São 15 candidatos de Blumenau, segundo o levantamento da ACIB, na campanha  “Voto no Vale é Voto que Vale Mais”.

Blumenau não elegeu representante para a Câmara dos Deputados na eleição de 2018. Tem o deputado federal Gilson Marques, do Novo, que tem domicílio eleitoral em Pomerode, anuncia ser o parlamentar que mais trouxe recursos para a cidade, mas está longe de ser considerado como representante pela classe política e empresarial.

E por Gilson Marques que começo este reflexão. Não apostaria na sua reeleição. O deputado estadual Bruno Souza é o favorito para a única vaga que estimo que o Novo fará nesta eleição. Mas como deputado federal, não dá para descartar totalmente.

Três nomes da cidade despontam e uma é uma incógnita para as 16 vagas disponíveis para Santa Catarina. Os deputados estaduais Ricardo Alba (União) e Ismael dos Santos (PSD) e Ana Paula Lima (PT) tem grande potencial, por razões diferentes.

Ana Paula ficou fora em 2018 por um  voto na legenda, ela que fez mais de 76 mil votos. Única candidata petista  do Alto Vale do Itajaí ao litoral, com Lula (PT) em alta e com a visibilidade também pelo fato de ser esposa do candidato ao Governo, Décio Lima, lhe dão o favoritismo a uma das duas cadeiras que o Partido dos Trabalhadores deve fazer.

Ismael dos Santos é um campeão de votos, tem um trabalho estadualizado e é ligado umbilicalmente à Igreja Assembleia de Deus. Tem um tarefa encardida no PSD, que conta com pelo menos cinco candidatos competitivos, mas tem tudo para se eleger.

Ricardo Alba foi o deputado estadual mais votado em 2018. Em 2022, no União Brasil, que nasceu do PSL com o Democrata, Alba tem trabalho para mostrar, segue bolsonarista, mas sai do guarda-chuva da legenda do presidente.  O desempenho dele deve ser bom, precisa ver o do União e quantos conseguirá emplacar em Brasília.

A incógnita fica em torno do candidato oficial da gestão Mário Hildebrandt (Podemos) na gestão da Prefeitura, o ex-secretário municipal André Espezim (Podemos), que construiu algumas dobradinhas importantes. A duvida é se o Podemos fará um deputado e se André terá votos para superar Rodrigo Coelho, candidato à reeleição.

Desses cinco nomes, aposto que Blumenau conseguirá ter dois representantes e, se bobear, um terceiro.

A contabilidade de 2022 são cerca de 225 mil votos para o partida eleger um candidato, que deve fazer na casa dos 22,5 mil votos no mínimo para atender a os 10% mínimos exigidos. Ou entrar na sobra, nesta caso, o candidato precisaria fazer mais de 40 mil votos.

Confira a lista completa.