Se apoios não fossem importantes, os candidatos não iam em busca eles. É representativo, simbólico em muitos casos, ganha alguns votos sem dúvida, mas não dá para cravar que todo apoio que se recebe significa na mesma proporção votos na urna.
O candidato que pensa assim pode se dar mal e os exemplos são muitos.
Fechadas as unas no primeiro turno e começando a corrida neste segundo, o que mais vemos é apoio para cá, apoio para lá. O governador reeleito de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), que adotou posição de neutralidade no primeiro turno, já anunciou apoio ao projeto de reeleição do presidente Bolsonaro (PL) e o PDT de Ciro Gomes sinalizou apoio a candidatura de Lula (PT).
Quer dizer então que, os votos dos eleitores de Zema que foram para Lula (o governador do Novo fez cerca de 56% dos votos, o petista 48% e Bolsonaro 43%) serão agora de Bolsonaro? E que o PDT e os “ciristas” todos apoiarão o PT?
Não dá para cravar, pois o eleitor é soberano e não segue um padrão. É pragmático, dependendo do momento da eleição e dos adversários. Segundo turno é diferente, é um ou outro, e a convicção do primeiro turno nem sempre se mantém.
Em Santa Catarina será a mesma coisa, mas aqui a transferência de apoio parece ser natural pela característica dos dois candidatos que foram para o segundo turno, daqueles que concorreram no primeiro e pelo perfil do eleitorado catarinense. É natural que Jorginho Mello (PL) receba os maiores apoios, em especial dos demais candidatos, que pertencem ao campo do centro e da direita, como Esperidião Amin (PP), Gean Loureiro (União), Carlos Moisés (Republicanos) e Odair Tramontin. Em tese, apenas o PDT de Jorge Boeira poderia descarregar votos para o petista.
Catarinense não vota PT , vai ser de lavada .Os votos do primeiro turno são dos ideologistas cegos .