O antissistema fica por conta deste jornalista, o liberal é a postura adotada por ele e pelo seu partido, o Novo. É questionável, mas o fato é que o deputado federal Gilson Marques foi reeleito com uma votação expressiva, que é, antes de nada, um reconhecimento ao seu trabalho como parlamentar em quatro anos.
Saltou de 27.443 para 87.894 votos, uma votação expressiva para um candidato de um partido que é pequeno ainda, sem estrutura e tradição, que tem como uma das principais bandeiras a não utilização do Fundo Eleitoral.
Gilson Marques se coloca como a antítese da política e dos políticos. Critica o modelo tradicional e pratica ela de outro jeito. Apelidou-se de coveiro da CCJ, para referir sua atuação para evitar novas leis esdruxulas. Critica o tamanho do Estado, a burocracia, os gastos e por aí vai.
Um exemplo prático é a distribuição de emendas parlamentares. Ele criou a proposta “Emenda sem Barganha”, onde criou um sistema onde os projetos eram cadastrados e depois avaliados. Uma das críticas dele que o atual modelo de emendas servia apenas para prefeitos e vereadores gastarem dinheiro indo para Brasília, tirarem fotos e fazerem demagogia.
E é claro que esta postura gerou críticas na classe política de Blumenau e do Vale Europeu, mas não só dela. Muita liderança empresarial não gosta da postura do deputado do Novo. Para estas lideranças, Gilson Marques não é reconhecido como um parlamentar da região.
Mas para o eleitor é sim, tanto que fez esta votação, sendo que mais de 17 mil votos em Blumenau.
Não terá vida fácil na Câmara dos Deputados, pois o Novo elegeu apenas três representantes, contra uma bancada de oito na atual legislatura. Terá como colegas da região, terá Ismael dos Santos, do PSD e ligada a Igreja Assembleia de Deus e a petista Ana Paula Lima.
E por falar em PT, Gilson Marques já anunciou o apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL) neste segundo turno, “para impedir a desastrosa volta do PT”.
Ou seja, é bolsominion enrustido. Convenhamos.É tão Novo que morreu antes de nascer.
Há uma luz no fim do tunel.
Apenas sobrou para votar o que tem de pior e mais asqueroso neste país em termos de administração pública…se é que podemos chamar de administração….. Vivemos em dias difíceis..não temos opção..ou temos??