O Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) vem a público informar a situação da instituição após o bloqueio de mais cerca de R$ 4,2 milhões de seu orçamento. Esse valor, somado aos cortes já feitos no primeiro semestre, totalizam aproximadamente R$ 9,8 milhões a menos para este ano, de um orçamento inicial de R$ 77,3 milhões.
Haverá impacto em todas as áreas da instituição: assistência estudantil, contratos terceirizados, projetos em andamento, editais de pesquisa e extensão.
A cada ano, a redução de orçamento dos institutos federais vem sendo recorrente. Analisando o gráfico abaixo, com dados do IFSC, percebe-se a diminuição do investimento por aluno, uma vez que o número de estudantes cresce e o orçamento cai.
Os cortes e o bloqueio de 2022 aproximam a instituição a uma situação-limite de paralisação das suas atividades e o IFSC só não corre esse risco ainda este ano por conta de sua organização e previsões orçamentárias. A partir de dezembro, no entanto, caso esse bloqueio de outubro seja oficializado como um corte orçamentário, como ocorreu anteriormente, até mesmo as ações de Assistência Estudantil, nossa maior preocupação, poderão ser afetadas, visto que a verba para esses auxílios teve redução de R$ 971 mil.
O fato de ainda não termos aulas e cursos suspensos não representa falta de impacto a nossos estudantes. O IFSC – e os institutos federais, de forma geral – são reconhecidos por sua formação cidadã exemplar, aliando teoria e prática em praticamente todas as fases de seus cursos. Cada corte feito significa menos atividades de laboratório, menos eventos para compartilhamento de experiências de pesquisa e de extensão, menos projetos para auxiliar na resolução de problemas de comunidades e menos parcerias com empresas para soluções com menor custo e desenvolvimento nacional.
Estamos trabalhando incansavelmente para a reversão desse quadro, seja em alinhamento com o Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), seja buscando apoio em bancadas catarinenses no Congresso Nacional. Pedimos também o apoio da população em geral para que o ensino federal continue público, gratuito e de qualidade. O IFSC não pode parar.
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