O projeto que foi desenvolvido em várias regiões de Santa Catarina teve seu ápice no Vale do Itajaí com a entrega do planejamento do Ecossistema Local de Inovação (ELI) em um painel exclusivo na abertura da 4ª edição do Oktober Tech Week, evento que discute a temática como ferramenta de desenvolvimento regional. O planejamento, impulsionado pelo Sebrae/SC, contou com a parceria da prefeitura de Blumenau e de entidades, sindicatos, empresas e instituições de ensino que têm projetos relacionados ao setor tecnológico e de inovação, envolvendo dezenas de atores que trouxeram contribuições e propuseram elos para o desenvolvimento do ecossistema.
“O Sebrae tem como propósito diminuir as desigualdades sociais através do empreendedorismo e inovação. Esse projeto do Planejamento do Ecossistema local enxerga a inovação como força motriz para o desenvolvimento econômico. Um dos objetivos estratégicos do Sebrae/SC é transformar o estado em uma referência de inovação. Recentemente uma equipe esteve em Portugal para conhecer o ecossistema de inovação de lá, iniciativa que também corrobora com as práticas desse projeto. Entregamos um trabalho bem delineado que irá contribuir com ações efetivas que vão potencializar as estratégias empreendedoras e de inovação dos atores aqui atuantes”, comentou Ionita Lunelli, gerente regional do Sebrae Vale. Outra contribuição da instituição para com o ecossistema de Blumenau foi a disponibilidade, desde agosto, de um Agente Local de Inovação (ALI), metodologia aplicada pelo Sebrae, através do programa Rede de Agentes, que tem a função de conectar os atores e projetos, além de ser um elo com as ações estratégicas que serão implementadas, pós entrega do Plano.
“O Sebrae/SC é um dos principais parceiros de estratégias de expansão econômica e de negócios em Blumenau. A entrega deste planejamento vem oportunizar grandes avanços através das ações colocadas em prática. Temos que lembrar também que há outros projetos com entregas em breve, como o PEDEM- Plano de Desenvolvimento Econômico Municipal, o Planejamento Municipal de Turismo e o Place Branding, todos com o respaldo do Sebrae e que marcam vários degraus de ascensão da gestão pública vigente”, lembrou Charles Schwanke, secretário de Desenvolvimento Econômico de Blumenau.
O Planejamento do Ecossistema de Inovação foi construído durante seis meses, com vários encontros, debates e quatro workshops que definiram os setores estratégicos, o mapa de atores e a maturidade do ecossistema de Blumenau. Os setores definidos foram Têxtil e Moda; Saúde e Bem-estar; Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e Eletrometalmecânico, que tiveram identificados os aspectos positivos e suas fragilidades, além de definido um plano de intervenção, e a organização dessa intervenção, com ações que atuem diretamente no desenvolvimento do mercado local.
Desafios
A proposta agora é fazer entregas rápidas e eficientes do que foi planejado, com contribuições de todos os atores do ecossistema local. “Temos vários desafios a partir de agora, entre eles, fomentar a mentalidade de que inovação vai além a tecnologia e fazer esses eixos temáticos que já têm o empreendedorismo consolidado interligarem as tecnologias de informação e comunicação com suas práticas inovadoras, temos que trazer energia nova e agregar essas empresas do ecossistema, porque é preciso abrir a mentalidade”, mencionou Udo Schroeder, presidente do Centro de Inovação Blumenau.
Outro desafio do planejamento é gerar engajamento e colaboração das governanças e dos atores locais para fortalecer e alavancar o ecossistema de inovação de Blumenau. “Segmentação é importante, mas integração faz o processo de inovação se completar e se efetivar. O ecossistema catarinense precisa cooperar e se vender como tal para além da competição local, regional e estadual. Esse é um grande segredo”, salientou Marcus Rocha, especialista em Ecossistema de Habitats de Inovação e consultor do Sebrae/SC.
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