Com o silêncio – e agora a omissão criminosa – do Presidente da República sobre o resultado da eleição, o Brasil mergulha numa situação caótica por conta de um punhado de manifestantes que vivem no seu mundo paralelo e não reconhecem a derrota eleitoral do seu mito nas urnas.
Um mito fraco, desqualificado para o papel que foi “ungido”, que não sabe se portar em momentos difíceis como este, que sempre flertou com o autoritarismo e com a falta de respeito às instituições.
Não é questão de gostar, ou não gostar. É de reconhecer e respeitar o resultado das urnas. As lideranças políticas de todo o mundo já reconheceram o resultado da eleição brasileira e ligaram para cumprimentar o eleito. Sem fraudes, dois milhões a mais de eleitores deram a vitória ao adversário de Jair Bolsonaro (PL), no caso o petista Lula. Isso é democracia.
As manifestações são as mesmas que acostumamos a ver nas bolhas bolsonaristas, sem conexão com a realidade, lideradas por oportunistas desqualificados. Não é a maioria. Muita gente, muita gente mesmo que votou no candidato à reeleição, está com a cabeça inchada, preocupada com o futuro do país, mas não se deixa levar pelo oportunismo de ocasião, pois sabe que não há o que contestar.
Nesta segunda vimos uma corrida aos postos de combustíveis, muitos tiveram que fechar pelo fim do produto. Corrida em mercado e muita gente parada no trânsito. Milhares de pessoas não chegaram ao trabalho, ou chegaram muito atrasado. E o que é pior. Relatos de pessoas que não chegaram a uma consulta médica, um exame de saúde, por aí a fora.
Tudo pelo motivo que algumas pessoas – isso, algumas – não concordam com o resultado da eleição e esperam que seu “capitão” venha às ruas passar suas “ordens”, de preferencia com a comprovação que houve fraudes. Mas Bolsonaro não aparece, pois sabe que a fraude é ele, que no segundo semestre deu um jeito de fazer cair o imposto dos combustíveis, deu benefícios a rodo, turbinou o Auxílio Brasil, contrariando o teto de gastos, o orçamento, a legislação eleitoral, tudo de forma artificial e mesmo assim não venceu.
Neste contexto conturbado, Santa Catarina, que deu mais de 70% dos votos a Bolsonaro, dá seu pior exemplo, sendo um dos estados mais mobilizados numa aventura golpista que beira o bizarro. Mais de 40 rodovias bloqueadas permanecem bloqueadas por aqui, porque os cidadãos de “bem” não gostaram do resultado da eleição.
Com a xenofobia correndo solta, mensagens de preconceito ao povo nordestino e trazendo de volta manifestações como “o Sul é meu Pais”. Além de xenofóbicos – que é um crime! – , são desmemoriados. Lula fez, na região sul e sudeste, mais de 7 milhões de votos em relação ao voto dado no PT de Fernando Haddad em 2018.
Santa Catarina é um estado onde a maioria gosta do presidente Bolsonaro, mas não a totalidade. Lula fez aqui 30% dos votos válidos, 1..351.918 votos, ou seja, os eleitores catarinenses foram decisivos para a eleição do petista.
Chega de passar vergonha, chega de dar mau exemplo.
Concordo em partes , não sou ideologista , não acredito em políticos , mas sou totalmente contra que um ex presidiário , alguém que foi condenado , alguém que foi chefe de quadrilha, isto falado pelos seus nos depoimentos da lava jato , assuma a presidência da república . Não sou a favor de fechar rodovias, mas também não sou obrigado a aceitar a votação , até porque sabemos que tipo de TSE temos. Neste momento ninguém mais lembra ?
TSJ e TSE ajudaram e muito a chegar nessa situação.
Excelente analises e colocação que poucos falam ou tem essa clareza.
Parece que há dois pesos e duas medidas, nunca a palavra “Democracia” foi tão banalizada, pois quando a esquerda faz seus “protestos” e atos “democrático que incluem depredações de patrimônio público e privado, agressões e outros adjetivos de baixo calão, isso é tudo como livre expressão de opinião, já quando o povo faz uma manifestação contra o sistema, que normalmente não há depredações, pois são constituídos de famílias com seus filhos, estes são chamados de atos anti-democraticos!