O silêncio das panelas (ou dos inocentes)

O PT se foi, por seus próprios erros. O Brasil vive outro momento.

Será? Não estou satisfeito com as notícias que recebo.

Os deputados querem criar eles o pacote anticorrupção?  Não adiantou o trabalho do Ministério Público Federal, respaldado por mais de dois milhões de pessoas, em abaixo assinado que o levou para a Câmara ?

Querem anistiar crimes do caixa dois, alegando que o código penal não pode ser base para crimes passados e sim futuro. “Qualquer estagiário sabe disso”, bradava um deputado da base governista.

“Acaba a Lava Jato”, disse um dos procuradores da Operação.

A proposta de que a votação desse pacote anti corrupção seja secreta procede?  Qual o receio?

O presidente Temer tentou “arbitrar” o conflito entre dois ministros, aliviando para aquele buscava o direito de morar no 20º vigésimo andar  de um prédio luxuoso,  em construção numa área de patrimônio histórico em Salvador. É isso mesmo?

Na queda de braço entre o ex-ministro da  Cultura Marcelo Calero e o chefe da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, Michel Temer teria tentado “enquadrar” o ministro que depois veio pedir demissão. Pelo menos foi isso que Calero falou para a Polícia Federal.

O Rio Grande do Sul e o Rio de Janeiro estão quebrados e  as medidas “duras”  são em cima dos servidores e na precarização ainda maior dos serviços ao público, com consequência direta para a população mais pobre.

Precisamos fazer a reforma previdenciária e das leis trabalhistas, mas os privilégios nos três poderes da República não são debatidos. Arrocha cada vez mais quem tem menos, faz-se vista grossa para a ilha da fantasia na alta corte do serviço púbico.

Aplaude-se, com razão, a PEC do limite dos gastos públicos, mas esquece do impacto social em duas áreas, educação e em especial, a saúde.  Acerta-se a conta, mantém-se muitos privilégios e azar dos pobres, os principais usuários do serviço público.

O tal do mercado, a tal da iniciativa privada, não vai cuidar da população mais humilde. Podem ter certeza. Aí entra o Estado.

Precisamos nos reinventar, mas por todas as óticas. É isso que queremos para o Brasil?

silencio-panelas

2 Comentário

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*