A eventual cassação de Egídio e o que pode impactar na eleição da Mesa Diretora e na relação com o Governo

Foto: CMB

A eventual cassação de Egídio Beckahuser (Republicanos) ainda este ano não deve embolar a eleição da Mesa Diretora da Câmara Municipal, mas pode sinalizar dificuldades para a administração Mário Hildebrandt (Podemos) nos dois últimos anos de mandato.

É que se confirmado o afastamento, quem entra na vaga é um vereador de oposição, Diego Nasato, fazendo com que o Novo passe a ter uma bancada de dois.

Para a Mesa Diretora, o favorito é vereador Almir Viera (PP), inclusive com o aval da Prefeitura. Beckhauser, em pese ter dado uma rasteira no executivo na última eleição da Mesa, juntamente com o próprio Almir Vieira, faz parte da base governista, assim como o colega do PP. Mesmo com a eventual perda do voto de Egídio, muito dificilmente uma outra chapa conseguiria superar o que está sendo construído pelo vereador do PP, que em tese, por conta do apoio da administração, teria os oito votos necessários e até mais.

Mesmo sendo temerário arriscar, não duvidaria uma mesa de consenso. Um encontro entre pelo menos 12 vereadores, agendado para os próximos dias, pode selar uma aliança que leve os três que ficarão de fora da reunião a darem o aval numa eleição simbólica.

Passada a eleição da Mesa, resta saber a oposição que a atual gestão terá. Os dois do Novo, somados a Carlos Wagner, o Alemão (União), Adriano Pereira (PT), Professor Gilson (Patriota), Silmara Miguel (PSD) são considerados de oposição ou podemos chamar de “independentes”, seis votos.

Tem ainda Bruno Cunha (Cidadania), outro considerado independente, mas que tem se aproximado do governo, em especial pela formação da Federação do seu partido com o PSDB, da vice-prefeita Mara Regina Soar.

Vale lembrar que o Republicanos, partido de Egídio Beckahuser, foi punido no TRE por ter usado candidaturas femininas laranjas, anulando todos os votos na chapa e consequentemente tirando a vaga do atual presidente da Câmara.  A Justiça Eleitoral de Blumenau já foi acionada para cumprir a decisão de afastamento, mas até esta sexta-feira isso não foi encaminhado para a Câmara. Enquanto isso, os advogados de Egídio e do partido tentam reverter a decisão no TSE.

1 Comentário

  1. Para a Mesa Diretora, o favorito é vereador Almir Viera (PP), inclusive com o aval da Prefeitura.

    Com aval da Prefeitura ? Mas o executivo e o legislativo não são poderes independentes ? O Prefeito manda no legislativo ? …será ?

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