Em nome da governabildade, o governador eleito Jorginho Mello (PL) convenceu seus pares de partido, que fizeram a maior bancada na última eleição – 11 deputados de 40 – a abrir mão de comandar a Assembleia Legislativa nos dois primeiros anos da próxima Legislatura e conversa com o MDB e PP, partidos tradicionais, potenciais aliados, mas que podem a qualquer momento serem adversários também.
Na terceira-feira, Mello conversou com a bancada do MDB, que elegeu seis deputados e nesta quarta com a do PP, que elegeu três. As duas siglas sonham com o comando da casa e tem seus nomes. Mauro de Nadal, pelo MDB, e José Milton Scheffer, pelo PP.
Jorginho Mello sinaliza que a negociação agora será feita exclusivamente pelos eleitos para o novo mandato, tendo o deputado estadual Ivan Naatz, atual líder da bancada do PL, como seu interlocutor.
Conversei com dois parlamentares, que me disseram que a definição sairá quando um destes dois nomes conseguir chegar a conta de 21 apoios, ou seja, a metade mais um. Caso Nadal ou Scheffer consigam a promessa de 21 deputados de apoiar suas candidaturas, a tendência é que o parlamento se una como um todo para construir uma Mesa Diretora de consenso.
Perguntei ainda se haveria espaço para alguma “surpresa”, os parlamentares que conversei dizem que não acreditam, mas lembram que tudo pode acontecer numa eleição da Mesa.
Algumas observações importantes nos próximos dias dizem respeito a posição do provável bloco que una os seis eleitos do campo progressista, no caso os quatro do PT, um do PDT e um do PSOL e também do recém bloco formado bloco dos 5″, com o Podemos, Republicanos e Novo.
E, claro, é preciso ficar de olho na unidade do PL, que tem eleitos com posições políticas antagônicas
Lembrando que a eleição é para a Mesa Diretora, mas as negociações envolvem espaços nas comissões e, mais que isso, a possibilidade de indicação de cargos comissionados em espaços chaves da casa.
Zé Milton Scheffer,
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