Política é a arte do consenso e é isso que as lideranças do PMDB de Blumenau estão fazendo para a eleição do diretório municipal , marcada para o próximo domingo, 25. Um grupo, liderado pelo reitor da FURB João Natel, filiado recentemente, busca espaço e quer diminuir a hegemonia das pessoas que comandam o partido desde 1999, com Paulo França a frente. Os dois grupos falam em buscar harmonia interna e garantem, com todas as letras, o que foi definido pela convenção estadual do PMDB do último domingo, ou seja, a candidatura própria para prefeito de Blumenau 2016. Nesta quinta, 22, uma nova reunião tentará afinar os interesses das partes.
É provável que o consenso prevaleça, mas é preciso ver quais os indicativos que sairão daí. Além da unidade, é preciso construir o candidato do partido para a sucessão municipal e os nomes com alguma perspectiva eleitoral afunilam em João Natel, o vice-prefeito Jovino Cardoso e correndo muito por fora, o ex-prefeito Dalto do Reis. Tem Paulo França, é claro, mas com seu histórico eleitoral não deverá se meter numa cabeça de chapa.
A escolha dos 45 membros do diretório é o primeiro passo para a eleição da Executiva Municipal, que acontece na quarta-feira, 28. Daí saí o presidente do PMDB que estará a frente do processo eleitoral, posição simbólica, que pode reforçar a candidatura de A ou B. Como Jovino e Dalto dos Reis entraram agora, estão fora do processo. Paulo França já disse que não tentará a reeleição. Assim o reitor da FURB passa a ser o nome mais forte, se é que o PMDB quer mesmo ter candidato a sucessão de Napoleão Bernardes (PSDB).
Natel encabeça o grupo hoje de oposição, que tem, entre outros nomes, Régis Evaloir, Jorge Zimermann,Maia, Ivo Hadlich e Eliomar Russi, para ficar com os mais conhecidos. Do outro lado, Paulo França e Renato Vianna a frente, tem César Botelho, o vereador Roberto Tribess, Daniel Hostins e João Batista. Com exceção de Renato Vianna e Paulo França, nenhum dos nomes tem densidade e visibilidade para comandar o partido em um ano eleitoral.
Quem assiste da trincheira é Jovino Cardoso Neto. Conversa com os dois lados e não se posiciona, até por que não ganha nada com isso. Como já disse que não quer ser candidato a prefeito e sim vereador, abre a porta para João Natel. Ou não? Do PMDB velho de guerra, não duvido nada.
Ele não consegue cuidar 3 campi, quem dirá de uma cidade. Na interação FURB é até bonito de ver os biombos na frente das coisas estragadas e velhas. Alem de nunca aparecer para ouvir os questionamentos dos alunos mesmo tendo a cara de pau de botar no site da FURB um email direto “fale com o reitor”. Voto no Osni Wagner mas não voto no Natel.