Blumenau é uma das quatro primeiras cidades de SC a eliminar a transmissão vertical do HIV/AIDS

Foto: divulgação

O Ministério da Saúde passou a conceder a Certificação da Eliminação da Transmissão Vertical (TV) do HIV – que é a passagem do vírus para a criança durante a gestação, o parto ou a amamentação, para fortalecer a gestão e a rede de atenção do Sistema Único de Saúde (SUS), aprimorando ações de prevenção, diagnóstico, assistência e tratamento das gestante

E Blumenau, que é referência no combate ao HIV, é uma das quatro cidades de Santa Catarina a receber esse reconhecimento por eliminar a Transmissão Vertical do HIV/Aids. O evento de premiação ocorreu nesta quarta-feira (7), em Brasília, e o município foi representado pela coordenadora municipal de vigilância epidemiológica, Juliana Ludwig Quintani.

Para Juliana, receber a certificação pela eliminação da transmissão vertical do HIV é uma conquista muito importante para o município de Blumenau. “É o resultado de todo o trabalho realizado pela equipe do Centro Especializado em Diagnóstico, Assistência e Prevenção (CEDAP), acompanhando as nossas gestantes durante todo o pré-natal e pós-parto, e seus bebês até os 18 meses de idade, entregando uma assistência de qualidade para a população”, comemora a coordenadora.

“O acompanhamento integral da gestante soropositiva para o HIV por equipe multiprofissional, realizando inclusive medicação supervisionada em alguns casos, é excepcional. Foram anos de trabalho com todos os nossos colaboradores, capacitações, investimentos em melhorias, informação e tratamento”, enfatiza Marcelo Lanzarin, secretário de promoção da saúde.

Para se obter a certificação é preciso que o município atinja os indicadores de impacto, que se referem aos últimos três anos da análise, como a taxa de incidência de novas infecções de HIV em criança por ano de nascimento (menor ou igual a 0,3) e a proporção anual de crianças infectadas pelo HIV, expostas e acompanhadas pela rede SUS (menor que 2%).

São elegíveis à certificação municípios com mais de 100 mil habitantes e que atendam aos critérios estabelecidos pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS), como: a qualidade dos programas e serviços de saúde; da vigilância epidemiológica; dos laboratórios; das questões referentes ao respeito aos direitos humanos, igualdade de gênero e a participação da comunidade.

Outro critério é o de indicadores de metas e de processo, de acordo com os últimos dois anos, que incluem cobertura mínima de quatro consultas no pré-natal (maior ou igual a 95%), cobertura de gestantes com pelo menos uma testagem para o HIV no pré-natal (maior ou igual a 95%), cobertura de gestantes infectadas pelo HIV em uso de terapia antirretroviral (maior ou igual a 95%) e cobertura de crianças exposta ao HIV em uso de profilaxia antirretroviral (maior ou igual a 95%).

Fonte: da redação, com informações da PMB

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