Nesta sexta-feira, dia 30, depois de quase dois meses em silêncio, Jair Bolsonaro (PL) realizou sua última “live” como Presidente da República. Parecia emocionado, novamente se colocou no papel de vítima, falou da conjuntura de sua administração, criticando a imprensa e o Supremo.
Deu um recado para os extremistas que ainda sonham em evitar a posse do eleito Lula (PT) na marra. “nada justifica a tentativa de ato terrorista”, referindo-se ao fato ocorrido em Brasília, quando um homem plantou um explosivo em um caminhão de combustível perto do aeroporto da capital federal.
Logo no início de sua fala, ele se queixou de que atitudes de violência política no país são sempre atribuídas a “bolsonaristas”. “”Hoje em dia, se alguém comete, um erro é bolsonarista”.
George Washignton, o homem preso pela bomba, relatou à polícia que participou de atos antidemocráticos realizados por apoiadores do presidente. Disse ainda que sua intenção era iniciar o “caos” e que agiu por motivação política. A bomba não chegou a explodir.
Sobre o novo momento político do Brasil e o novo Governo, disse que “nada está perdido”. “O Brasil não vai acabar no dia 1º. “o bem vai vencer” e “não vai durar muito tempo, o Brasil vai voltar a sua normalidade”, disse sobre a futura administração petista..
“Perde-se batalha, mas não perderemos a guerra,” afirmou.
Bolsonaro falou sobre o silêncio que adotou depois da eleição, deixando claro que pensou em contestar o resultado.
“Eu busquei dentro das quatro linhas, dentro das leis, respeitando a Constituição saída para isso aí. Se tinha alternativa para isso, se podia questionar ou não alguma coisa, tudo dentro das quatro linhas”, disse.
“Como foi difícil ficar dois meses calado trabalhando para buscar alternativas. Qualquer coisa que falasse seria um escândalo na imprensa. Eu quieto sou atacado. Mas vamos lá.”
“Se você está chateado e constrangido, pensa em mim”, disse um Bolsonaro com os olhos mareados. “Dei minha vida por esta Pátria”, afirmou.
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