A Meta — empresa dona do Facebook, Instagram e WhatsApp — anunciou que vai começar a remover e bloquear de suas redes sociais conteúdo em defesa das invasões às sedes dos três Poderes da República, em Brasília, no domingo, 8.
As invasões foram protagonizadas por milhares de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) insatisfeitos com a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Um porta-voz da Meta disse à BBC que excluiria imediatamente postagens “pedindo que as pessoas peguem em armas ou invadam à força o Congresso, o Palácio do Planalto e outros prédios federais”.
“Também estamos classificando isso como um ato de violação, o que significa que removeremos conteúdo que apoie ou enalteça essas ações”, acrescentou o porta-voz.
“Estamos acompanhando a situação ativamente e continuaremos excluindo conteúdo que viole nossas políticas.”
A Meta já sinalizou outros incidentes graves — incluindo a invasão do Capitólio dos EUA em 6 de janeiro de 2021 — como atos de violação. A política permite que a empresa acelere a remoção do conteúdo prejudicial.
Na tarde de domingo, milhares de militantes apoiadores do ex-presidente Bolsonaro ocuparam a Esplanada dos Ministérios, na área central de Brasília e, de lá, invadiram e depredaram as instalações do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF).
A invasão ocorreu após diversas convocações feitas em redes sociais, como grupos de WhatsApp. Os invasores, que são contra a eleição do presidente Lula, pedem o fechamento do Congresso e a intervenção militar.
Em resposta, Lula decretou intervenção federal na área de Segurança Pública do Distrito Federal até 31 de janeiro.
“Não existe precedente (para) o que essa gente fez e, por isso, essa gente terá que ser punida. Nós vamos inclusive descobrir quem são os financiadores desses vândalos que foram a Brasília, e todos eles pagarão com a força da lei esse gesto de irresponsabilidade, esse gesto antidemocrático e esse gesto de vândalos e fascistas”, declarou Lula, ao anunciar a medida.
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