O governador Jorginho Mello (PL) fez a tradicional leitura da mensagem anual do Governo do Estado para a Assembleia Legislativa de Santa Catarina na tarde desta terça-feira, 7, a primeira de seu mandato. Ele elencou as prioridades de atuação, prometidas na campanha eleitoral e enfatizou que em algumas áreas as ações já estão ocorrendo.
“Vamos começar zerando a fila da saúde, com a ajuda dos Poderes, cujos presidentes desde já agradeço. Faremos um grande mutirão, em conjunto com os municípios e com os hospitais filantrópicos e públicos, para aliviar a dor dos 227 mil catarinenses que estão há anos esperando por uma cirurgia eletiva ou por um exame”, disse Jorginho em seu discurso.
Outro ponto em que o governador prevê um grande avanço para Santa Catarina é a área de Ensino Superior. Ele destacou como irá colocar em prática as etapas previstas para o início da Faculdade Gratuita. Os estudos estão em andamento pela Secretaria da Educação desde os primeiros dias de janeiro.
“O Estado de Santa Catarina vai pagar a faculdade daquele catarinense que, hoje, se vê forçado a escolher um curso que seja mais barato ou a bancar com muito sacrifício uma universidade particular – e isso quando não desiste. Vamos comprar as vagas particulares do sistema Acafe, para que depois de formado o profissional devolva parte disso em serviço. Estamos debruçados nesse projeto, que em breve estará aqui na Assembleia.”
Outro tema que em breve deve voltar a unir o Executivo e o Legislativo é a análise da Reforma Administrativa, que será apresentada pelo governo. Ela prevê criação, recriação, compactação ou desmembramento de estruturas de Governo para diminuir e otimizar os gastos, e “imprimir a digital de nossa gestão”, explicou o governador em seu discurso.
O governador falou sobre as finanças do Estado, classificou a situação como preocupante, já que Santa Catarina não contará mais com os repasses bilionários da União recebidos durante a pandemia, além da volta da cobrança da dívida do Estado com o governo federal. Para enfrentar essa situação, ele anunciou um programa de ajuste fiscal (Pafisc), para estabelecer medidas de acompanhamento e monitoramento da despesa, revisar contratos, verificar obras em andamentos, revisar os benefícios fiscais, simplificar as operações, entre outros objetivos.
“O panorama é desafiador, mas fomos eleitos pelos catarinenses para isso, e faremos, sempre de maneira respeitosa e republicana”, garantiu.
Sobre o Plano 1000, lançado pelo ex-governador Carlos Moisés, Jorginho confirmou a suspensão das transferências para os municípios, conforme orientação do Ministério Público, e afirmou que a questão será resolvida com responsabilidade. “Sou municipalista, mas não podemos pagar 5 milhões de reais num quilômetro de asfalto.”
Seja o primeiro a comentar