O deputado estadual Ivan Naatz (PL) foi um dos grandes vitoriosos da última eleição. Foi reeleito com três vezes mais votos que em 2018, superando a marca dos 40 mil votos e, desde o começo, apostou no candidato certo ao governo, apoiando Jorginho Mello (PL) quando muitos não acreditavam.
A vitória esmagadora de Jorginho e a eleição de uma bancada de 11 deputados na Assembleia, fez de Ivan um líder natural, pela bagagem e afinidade com o governador. Terminou o primeiro mandato como líder do PL no Parlamento,
Coube a Ivan Naatz comandar as articulações, internas e externas, do PL para a Mesa Diretora. Numa manobra arriscada, não necessariamente atribuída a ele, mas que teve ele como um dos protagonistas, o PL apostou suas fichas na candidatura de José Milton Scheffer (PP) para Presidência da Assembleia em detrimento a Mauro de Nadal (MDB), que reuniu os demais partidos e conseguiu a maioria que precisava, numa articulação que ameaçou inclusive a presença do PL na Mesa.
Para piorar, viu o nome preferencial do PL para a Mesa, acordado em reunião ainda antes da eleição, da deputada mais votada Ana Campagnolo, ser rifado a pedido dos partidos do campo progressista, leia-se PT principalmente.
As duas situações culminaram com a escolha de outro nome para ser o líder do Governo na Assembleia Legislativa. O governador anunciou Edilson Massocco, ex-vice prefeito de Concórdia, em seu primeiro mandato, como o líder.
Ivan muitas vezes falou que deveria ser ele o líder, mas que não estava muito preocupado com isso. A liderança dá um trabalho danado, tem o ônus de ter que fazer a defesa do Governo, mas tem o bônus de ter acesso a todos secretários com pautas de reivindicações, que quando atendidas se transformam em dividendos políticos e eleitorais.
Além disso, Ivan teve dificuldade de emplacar nomes de ponta de Blumenau no Governo. A ida de Patricia Lueders para a secretaria de Educação é atribuída a Naatz, mas a cidade esperava mais que uma vaga de adjunta, que não deixa de ser importante. O deputado também tentou emplacar Marcelo Greuel na futura secretaria de Turismo, a ser criada com a reforma administrativa. Greul conversou com o governador, mas não aceitou.
Ivan Naatz também defendeu a permanência do ex-delegado regional Rodrigo Marchetti e a troca de Cláudio Varella na superintendência da Celesc. Varella saiu, mas foi para ocupar uma diretoria geral em Florianópolis, cargo importante para região, e Marchetti foi substituído pela delegada Juliana Tripadalli, indicada pelo também deputado Egídio Ferrai (PTB).
Ivan Naatz conseguiu indicar o gerente e o coordenador regional de Educação, ligados ao MDB, e manter o gerente regional do IMA, que era ligado na gestão anterior ao ex-deputado Ricardo Alba (União).
Isso não diminui em nada o trabalho de ontem e o de amanhã de Ivan Naatz, mas são as circunstâncias da política.
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