A proposta promete ganhar corpo ao longo de 2017.
Pelo menos dois integrantes da nova Mesa Diretora de Blumenau sinalizaram com a intenção de começar a construção da sede própria da Câmara Municipal, em um terreno já cedido, próximo à rodoviária: o primeiro secretário Zeca Bombeiro (SD) e o presidente Marcos da Rosa (DEM).
Mas o debate é mais antigo e começou com o vice-prefeito Mário Hildebrandt (PSB), na época presidente da Casa.
Ouvi o novo presidente Marcos da Rosa com o colega Paulo César, na Rádio Nereu Ramos, nesta semana. Coloca a proposta como uma das prioridades da sua gestão, mas deixa claro não ter dimensão de custos e prazos, até por ter recém assumido. Também diz que o assunto terá um amplo debate com todos vereadores , a comunidade e até o Executivo, leia-se administração Napoleão Bernardes (PSDB). “Vou ser um presidente democrático, vou buscar o consenso nas decisões”, afirma Marcos da Rosa.
O argumento é claro e robusto. Economia, afinal o espaço atual é alugado, com um custo anual de mais de R$ 700 mil. Estimando este valor atualizado, já são quase R$ 3 milhões gastos na atual Legislatura.
Todos lembram como se deu a saída da Câmara do 1º andar da Prefeitura? Ela começou quando, no final de 2012, eleito vice-prefeito, o presidente do Legislativo de então, Jovino Cardoso Neto (PSD), anunciou a locação da nova sede, ao apagar das luzes, sem debate com a sociedade. Jovino foi vice de Napoleão, como todos sabem.
O argumento daquele período também era importante, ter um espaço próprio, renovado, independente do prédio do Executivo. Porém o custo benefício não foi debatido e quatro anos depois, com todo investimento no atual prédio, fala-se em mudar de endereço novamente.
Pelo menos, Marcos da Rosa promete conversar.
Além do terreno, cedido pela Prefeitura, já conta com R$ 1, 5 milhão em casa para um fundo específico para a obra, dinheiro que o parlamento reteve e não devolveu para o Executivo nos últimos dois anos, dentro daqueles valores que sempre voltam ao final de cada ano.
O Informe tem uma posição clara.
É preciso, antes de nada, levantar os valores envolvidos para tanto. O que se quer para o parlamento? Quanto custa o projeto? Ele vai contemplar questões de mobilidade na região? E a obra, qual o valor? Quanto vai demorar para ficar pronto? Qual será o custo das instalações? E os equipamentos, mobiliários?
Ao fazer estas contas todas, a atual Mesa Diretora chama a sociedade para o debate, com vereadores e todos envolvidos. Analisando o momento econômico, o contexto e as perspectivas, decide-se.
É assim que dever ser. Com o custo, pesa-se na balança e avalia-se o tempo da obra.
Reduzam o número de vereadores a nove (mínimo que a Constituição Federal prevê) e construam uma casa de uns 200 metros quadrados.
Ou aluguem: qualquer R$5.000,00 resolve!
Ou usem o padrão Suécia, pois é mais avançado!
Sugiro que leiam a matéria que versa sobre o Paraguai, na VEJA que acabou de chegar às bancas.
Costumamos dizer que a saída do Brasil é o aeroporto de Guarulhos… Será que passaremos a ter nova opção, a saber, a Ponte da Amizade em Foz do Iguaçu?
Senhores vereadores:
Ajam de tal forma que os vossos filhos e netos venham a ter profundo orgulho de vocês.
Precisamos de vereadores, sim! Mas que grau de importância os senhores acham que têm?
Que grau de importância os senhores acham que os munícipes de Blumenau lhes atribuem?
Saiam desse “mundo da lua” em que vivem! (Honrosas exceções à parte).
A refletir, embora não neste contexto:
Há uns anos li uma entrevista do hoje infeliz e angustiado Lula. Nela, o empertigado dizia que o importante na vida era ter amigos. Do alto da sua sapiência, o energúmeno não sabia que somente terá amigos quem for ético.
Quem não é ético não tem amigos, mas, sim, cúmplices.
Boa legislatura!
Alcino Manuel da Silva Carrancho