Olha, fazer solenidade política com este calor de Blumenau é desumano. Foi assim na solenidade de posse dos eleitos, no domingo, e foi nesta quinta-feira, 5, no salão Nobre da Prefeitura, na transmissão de cargo de Napoleão Bernardes (PSDB) para Mário Hildebrandt (PSB).
Eu tinha dúvida sobre a quantidade de presentes na cerimônia realizada no meio da tarde, mas foi grande. Estava lotado. Não vi lideranças das entidades empresariais, patronais e de classe da cidade. Estavam lá parentes, amigos e colegas de Hildebrandt, vereadores, a maior parte do secretariado municipal, servidores públicos e muitos cargos comissionados ou com interesse de vir a ser um a partir de fevereiro.
Interessante uma frase que ouvi de um cargo comissionado logo que cheguei: “isso aqui parece um balcão do Sine, as pessoas procurando emprego”. Pois então. Esta decisão do prefeito Napoleão postegar as indicações de CCs para fevereiro gera uma situação estranha e incômoda para muitos, que abordarei em breve, noutra postagem.
Voltando a solenidade. Mais uma vez teve manifestação religiosa, duas na verdade, cerca de 10 minutos no total. Na posse foram quatro líderes religiosos falando.
Na hora dos discurso, Napoleão fez algumas falas pontuais, sobre situações de agora. Em especial, fez um balanço dos estragos da chuva, do decreto emergencial localizado e dos trabalhos do Município.
Falou da criação (ou recriação) do Comitê Gestor, que tem a tarefa de olhar com lupa o fluxo de dinheiro nas secretarias, fundações e autarquias.
Em seguida destacou os recursos que entraram a fundo perdido no último dia do ano, repasse da União através de emenda coletiva da bancada catarinense. São quase R$ 20 milhões para a construção de quatro pontes na rua Amazonas, do projeto de melhorias do eixo viário sul. Dinheiro que pode demorar para chegar, mas está carimbado no orçamento. O prefeito destacou o papel do senador Dalírio Beber (PSDB), presidente do Fórum Parlamentar Catarinense.
Também anunciou o começo de cinco importantes obras de pavimentação na cidade, a maioria para finalizar o asfalto, em diferentes bairros.
O discurso de Mário Hildebrandt foi recheado de agradecimentos, não poderia ser diferente. Depois, falou de trabalho.
Com a chuva desta quarta-feira, disse que esta passa a ser a prioridade neste momento: acompanhar os trabalhos municipais e dar andamento no decreto emergencial.
Tocou num assunto pouco explorado na campanha eleitoral, mas que ganha corpo desde a vitória em outubro, que é a regularização fundiária, sinalizando mais uma vez que esta deve ser uma secretaria a ser criada.
Hildebrandt falou que vai acompanhar de perto o trabalho do comitê gestor e o cumprimento das metas para apertar os cintos nas despesas.
Não tenho claro se ele já tinha este horizonte de ser prefeito antes, mas é fato que chegou mais cedo do que qualquer expectativa mais otimista. É a bola da vez natural da eleição de 2020 e tem a possibilidade do cargo cair no colo ainda em 2018, com uma eventual saída de Napoleão para disputar Governo ou Senado.
Você acompanha o discurso de Napoleão aqui e do Mário aqui. .
Lembrando.
Napoleão pega férias cinco dias depois de assumir um novo mandato, com a justa argumentação de que ficou quatro anos sem tirar férias, por, entre outras coisas, não querer entregar a Prefeitura para o antigo vice, Jovino Cardoso Neto.
Uma sala do SINE ou um balcão de negócios, com dinheiro publico.
Os ” amiguinhos” tudo atras de emprego .
Fazer solenidade para transmissão de cargo , ato desnecessário, sem nenhuma importância para a cidade
coisa de quem faz da política de marketing . Blumenau merecia bem mais ….mas quem votou na chapa atual deve estar feliz .