Você pode estar pensando, como assim jornalista? O ex-prefeito de Blumenau, João Paulo Kleinübing, assumiu a diretoria do BRDE neste dia 1º de junho e você já está querendo tirar ele de lá? Calma, explico.
Por mais que não fale publicamente, João Paulo Kleinübing trabalhava para viabilizar, em 2024, sua candidatura a prefeito de Blumenau, cargo que ja ocupou em dois mandatos. Participava de atos comunitários e promoveu várias reuniões para organizar um grupo de apoiadores.
Mas aí surgiu o convite do governador Jorginho Mello (PL) para Kleinübing assumir o BRDE pelo estado de Santa Catarina, há três meses. A diretoria do BRDE não é um cargo com visibilidade eleitoral, mas que tem uma remuneração importante e muito prestígio.
Um convite, óbvio, que tem um componente político para a eleição municipal de 2024. O governador tem dito que precisa fortalecer o seu PL nos municípios e, mesmo tendo o aliado deputado estadual Ivan Naatz em Blumenau, entende que precisa encontrar outro nome com mais chances eleitorais.
Nos bastidores, Kleinübing diz que segue qiuerendo viabilizar sua candidatura, mas hoje está no projeto de Jorginho Mello e fará o que o governador pedir, que pode ser filiar-se ao PL ou mesmo a um partido que possa compor com o PL, como o PP, por exemplo.
O ex-prefeito de Blumenau não precisava, mas pelo sim, pelo não, se desfiliou do União Brasil, onde era uma das principais lideranças, tendo ajudado a coordenar a campanha do ex-prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro, ao Governo. Há um entendimento que o fato do União ocupar ministérios do Governo Lula (PT) pode afastar o eleitor blumenauense.
E também há a visão que o 22, do PL, ainda será forte na eleição na cidade e que, numa disputa com candidatos com espectro do centro e direita – Odair Tramontin, do Novo, Maria Regina Soar, do PSDB, por exemplo – estar no guarda-chuva do 22 seria importante, talvez até decisivo.
O certo é, pelas falas a boca pequena de João Paulo Kleinübing, que ele vai navegar pelas ondas de Jorginho Mello.
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