A iniciativa é do vereador João Paulo Taumaturgo (PL), aprovada na última sessão dele substituindo o titular Aílton de Souza, o Ito (PL). O projeto começou a tramitar no dia 27 de junho e aprovado nesta quinta-feira, 6 de julho, em pouco mais de uma semana, pouco usual para temas não prioritários.
O parlamentar defendeu o projeto com alegação que traz uma visão isonômica e uma reflexão sobre a situação política. “Apesar deste projeto ter ficado conhecido contra o Monumento do Lula, ele visa mesmo é um trabalho contra idolatria política. Geralmente países que idolatram são ditaduras, onde os políticos promovem a sua imagem com busto, placa, entre outras formas” , afirmou João Paulo Taumaturgo, um fervoroso bolsonarista, dando exemplos de ditadura de esquerda como Cuba.
É claro que a motivação do vereador foi o monumento em homenagem a Lula (PT), que começava seu primeiro mandato como presidente em visita a Oktoberfest no ano de 2003, quando o prefeito era o petista Décio Lima. Feito por Guido Heuer, ficou até 2020 na região do centro histórico, próximo do restaurante Thapyoka. Por conta das obras da nova ponte na região, o monumento foi retirado e guardado pela Prefeitura.
Dependendo do humor do prefeito de plantão, o monumento em homenagem a Lula poderia voltar. Mas não parece ser o caso de Mário Hildebrandt (Podemos) e nem dos principais nomes do tabuleiro eleitoral para 2024. Foram 12 votos a favor da proposta e duas abstenções, curiosamente de Jovino Cardoso (SD) e de Adriano Pereira, do PT de Lula.
Esta é uma boa discussão e vale para os políticos vivos e muitas autoridades mortas que estão em nossas homenageadas em noss praças, ruas e até cidade, como Florianópolis, uma homenagem ao marechal e presidente Floriano Peixoto, que esteve a frente do Governo no período mais sangrento da recente história da então Nossa Senhora do Desterro.
E muitos outros do regime militar e por aí vai. Concordo que não pode. Nem vivo e o morto precisa ser um consenso, quase uma unamidade. Nem Doutor Blumenau, que empresta o nome à cidade, mas está longe de ser seu “descobridor” ou um dos sesu primeiros moradores, foi poupado na sessão desta quinta-feira. Foi lembrado por Jovino Cardoso, que, na verdade, foi o único que se posicionou a favor das homenagens, apesar da abstenção.
“…há controvérsia…se não podemos destacar nem dando nome ao nosso municipio…(vai ficar) bota cidade do Rio, cidade da mata,. vamos homenagear quem está com vida”, disse Jovino, arrancando risadas dos colegas.
O vereador Gilson (Patriota) fez um bom resumo da discussão. “Nada contra o projeto. Eu queria que este parlamento tivesse o mesmo disposição para fazer estes enfrentamentos acalorados para defender coisas para a nossa comunidade, fazer o enfrentamento com Executivo, cobrar nossos deputados estaduais e federais….”
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