Opinião | Santa Catarina e as suas singularidades

Foto: reprodução

O ano de 2023 tem transcorrido de forma natural e ao mesmo tempo complexo para o estado de Santa Catarina. Por um lado, está sendo mantida uma lógica de singularidade e equilíbrio para o estado no que se refere a indicadores sociais e econômicos. Desta forma, esta unidade da federação tem se mantido entre as mais justas social e economicamente do Brasil, sendo a dinamicidade de sua economia o fator preponderante.

Um indicador importante, o desemprego, que é apurado de forma sistemática pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia Estatística), em 2023 no segundo trimestre, o estado contabilizou uma taxa de 3,5%, portanto entre as três menores entre as unidades da federação. Abaixo da média nacional, que é de 8%, seguindo também abaixo da média da região sul, a qual possui a menor taxa entre as mesorregiões do país: 4,7%, também segundo o IBGE.

A singularidade do estado, sendo atribuída por muitos analistas a responsável pela unidade da federação mais equilibrada, deve-se muito a diversidade econômica das regiões, a autonomia das pessoas em relação as amarras de governo e a sua distribuição da população mais equalitária entre as distintas localidades do estado, se comparada a outras unidades da federação que possuem acumulado populacional no entorno da capital, o que não acontece por aqui.

A forma com que o estado organiza seu trabalho, com uma força operacional que, em relação a outros estados, possuí uma escolaridade média maior, o que qualifica tanto os ofícios, bem como a qualidade da entrega para a sociedade/mercado.

Seguindo também com dados do IBGE, Santa Catarina atinge um índice de 97,8% de pessoas alfabetizadas. As oportunidades por aqui não faltam na maioria das regiões, fazendo com que brasileiros de outras partes venham e assim consigam a empregabilidade necessária para alcançar a mobilidade social, sem a necessidade do assistencialismo.

Corroborando com as informações citadas, dados da Federação das Indústrias de Santa Catarina, apurando o índice GINI, que mede a desigualdade social, o estado é o menos desigual do Brasil, com um índice (variação é de 0 a 1) de 0,419 em 2022. A média nacional é de 0,518 e superior ao da Argentina, que é de 0,420 (IBGE/Banco Mundial) que é um país com destaque histórico deste indicador na América Latina.

Com este cenário, é importante ressaltar que ainda temos muito a avançar, porém este equilíbrio e a sua manutenção é fundamental para que o desenvolvimento social e econômico, que ainda não é o ideal, siga como indicadores que se destacam no cenário brasileiro e latino-americano, porém ainda distante dos países mais desenvolvidos. Avante Santa Catarina!

Professor Leonardo Furtado da Silva, Doutor em Desenvolvimento Regional

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