O Pastor Dirlei Paiz completa nesta segunda-feira, 21, cinco dias preso no presídio regional de Blumenau, acusado de participar da organização do grupo conhecido como “Festa da Selma”, criado para organizar a viagem de pessoas a Brasília para participar dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro.
Conversamos com o advogado Jairo dos Santos, que se mostra confiante na soltura em breve do cliente, apesar de dizer que não teve acesso aos autos do processo. Disse que orientou Dirlei Paiz a prestar depoimento quando da prisão – poderia optar pelo silêncio -, para evitar que isso pudesse acontecer em outro lugar, na sede da PF em Itajaí ou mesmo em Brasília.
Jairo dos Santos diz que Dirlei, apesar da participação nas manifestações em frente ao 23 BI de Blumenau, não tinha poder e nem recursos financeiros para organizar caravanas e a expectativa é que o STF perceba isso. Mas como a prisão é preventiva e não temporária, não há previsão de soltura, mas ele está confiante.
Dirlei Paiz teve papel importante nas manifestações antidemocráticas realizadas em Blumenau e pregou claramente temas como a intervenção militar e disseminou fake news contra as urnas eletrônicas. Mas a prisão, mais de quatro meses depois do episódio em Brasília. parece desproporcional, afinal ele não representa risco ao processo e as provas. Precisa ser ser julgado por isso e, caso a Justiça entenda que cometeu crime, responder por ele.
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