A reorganização do Brasil

Arão Josino

Jornalista, assessor político e

presidente do PSD SC Novas Gerações

 

O ano de 2016 ficou para história. A palavra crise ecoou em todas as áreas, por todas os 5.570 municípios brasileiros. Essa realidade deixou evidente a fragilidade do sistema de organização das instituições públicas do nosso país.

É preciso reorganizar o Brasil.

De acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Brasil tem a maior carga tributária dos países da América Latina e do Caribe. O Estado inchado, repleto de obrigações e estruturas, faz com que o dinheiro público não chegue na ponta, onde o cidadão precisa de um atendimento público com mais eficiência.

É chegada a hora do Brasil rever o Pacto Federativo, que na Constituição de 1988 define as obrigações dos entes federados. Se tornou inviável administrar um município com tantas responsabilidades e tão pouco recurso, enquanto Brasília, Capital Federal, se torna palco do exagerado gasto do dinheiro público. No Brasil das elevadas taxas tributárias, falta eficiência na gestão.

Levantamento feito pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), em julho de 2016, aponta que oito em cada dez municípios brasileiros estão em situação fiscal difícil ou crítica. A dependência de transferências federais e estaduais é evidente, o mesmo estudo relata que 83% das prefeituras não geram nem 20% de suas receitas. O mais preocupante continua sendo a folha de pagamento, chega a 15% o número de municípios que descumprem a Lei de Responsabilidade Fiscal, gastando mais do que 60% das receitas com o funcionalismo público.

O cenário é mais instável quando se observa a falta de comprometimento do Congresso Federal com as mudanças que precisam ser feitas de forma emergencial. O Brasil chegou no seu limite, não podemos mais tapar o sol com a peneira. É preciso reorganizar o sistema e diminuir as taxas tributárias. O primeiro passo é descentralizar os recursos. Um novo Pacto Federativo é essencial para fortalecer os municípios e dar a eles condições de qualificar a principal missão do Poder Público, que é garantir atendimento de qualidade nos serviços públicos básicos.

No momento em que se discute a importância de mudanças estruturais em nosso país, é preciso compreender que o Brasil precisa de lideranças que vivam “para” política e não “da” política. Enquanto tivermos um Congresso onde a grande maioria se prevalece do sistema atual, não teremos os avanços necessários para reorganizar a nossa nação.

2 Comentário

  1. Josino:

    Pensas que todo o mundo sofreu lavagem cerebral?

    O teu psd (partidozinho dos seguidorzinhos da dilmazinha) não tem parte da responsabilidade?

    O que dizer do teu colombozinho rindo a bandeiras despregadas nos encontros abertos/públicos que teve com a dilmazinha?

    A piada dela era assim tão engraçada?

    Vai ver se estou lá na esquina, maninho!

  2. É, o autor se preocupou tanto em apenas reproduzir o discurso ‘standard’ do momento que se esqueceu completamente das atitudes do próprio partido que lidera…
    Enquanto a ética e a coerência continuarem morando em outro mundo, de nada adianta propagar aos quatro ventos que “é preciso reorganizar o Brasil”.

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*