O movimento Outubro Rosa ganhou visibilidade no Parlamento, que assumiu o protagonismo do debate sobre a prevenção ao câncer de mama, por meio do lançamento, na manhã desta quarta-feira, 18, da Frente Parlamentar de Apoio às Redes Femininas de Combate ao Câncer.
Proposto pelo deputado Napoleão Bernardes (PSD), o Ato Parlamentar Solene lotou o auditório Antonieta de Barros e contou com a presença de praticamente todas as representantes das redes femininas, que estão presentes em 78 municípios catarinenses.
Ao som da Banda do Exército Brasileiro, mais 500 vozes de mulheres interpretaram o Hino da Rede Feminina de Combate ao Câncer, inspirado na canção francesa ‘La Vie en Rose’.
O Parlamento celebrou dois momentos importantes em defesa das mulheres catarinenses: o lançamento da Frente Parlamentar de Apoio às Redes Femininas de Combate ao Câncer e o fortalecimento do Outubro Rosa.
“Abraçamos esse verdadeiro “exército rosa”, esse batalhão do bem, que tem uma missão, uma vocação de amor, de voluntariado e de solidariedade”, destacou Napoleão Bernardes.
O parlamentar reforçou que este ato é o reconhecimento e homenagem da Alesc para o trabalho incansável das redes femininas do Estado. “Esse colegiado irá advogar e dar voz aos pleitos e as demandas dessa causa. Vai promover e apoiar iniciativas que visem a valorização e o fomento das redes femininas”, pontuou, destacando que mais da metade dos deputados do Parlamento integram essa Frente.
Além de Bernardes, participam da Frente Parlamentar de Combate ao Câncer os deputados Oscar Gutz (PL), Ivan Naatz (PL), Volnei Weber (MDB), Padre Pedro (PT), Marcos da Rosa (UB), Mário Motta (PSD), Jésse Lopes (PL), Fabiano da Luz (PT), Lucas Neves (Podemos), Altair Silva (PP), doutor Vicente Caropreso (PSDB), Marcos Vieira (PSDB), Tiago Zilli (MDB), Mauricio Eskudlark (PL), Lunelli (MDB), Neodi Saretta (PT), Marcius Machado (PL) e Matheus Cadorin (Novo).
A presidente da Rede Feminina de Combate ao Câncer de Santa Catarina, Maria Ciria Zunino, destacou a importância da homenagem e do movimento Outubro Rosa para as mulheres catarinenses.
“O Outubro Rosa é um mês que as redes femininas despertam, com campanhas de conscientização sobre a importância das mulheres se cuidarem. Mulher que se ama, se cuida. E hoje, na Assembleia, recebemos uma homenagem do trabalho que realizamos em mais de 70 cidades catarinenses. Isso é grandioso, um presente. Estamos muito felizes em saber que o Parlamento está sensível em olhar para o terceiro setor”, disse.
Força da mulher
Mais de quatro mil voluntárias estão à frente das redes femininas que acolhem anualmente cerca de 100 mil mulheres catarinenses diagnosticadas com câncer.
As entidades e suas voluntárias atuam na prevenção dos cânceres de mama, com encaminhamento para mamografia, e colo uterino, com coleta do exame preventivo. Ainda proporcionam às usuárias terapias complementares ao tratamento, além de palestras e ações educativas de conscientização sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer.
Protagonismo do Legislativo
O Parlamento liderou uma ação para fortalecer as redes femininas de combate ao câncer dos municípios catarinenses. Por unanimidade, os deputados estaduais aprovaram em 14 de junho de 2022, o projeto de lei que permite o repasse de recursos do Fundo Estadual de Saúde às redes femininas de combate ao câncer dos municípios catarinenses.
O PL 17/2022, de autoria da então deputada Ada de Luca (MDB) virou lei em Santa Catarina.
Conforme o texto aprovado, os repasses serão feitos por meio de convênio, estando restritos às unidades da rede feminina legalmente constituídas e detentoras de declaração de utilidade pública.
Rosa leva esperança
O rosa é o tom da esperança em Outubro para destacar a importância da prevenção e do diagnóstico precoce na luta contra o câncer feminino. A maior incidência de casos nas mulheres é de câncer de mama e de colo de útero.
No Brasil, cerca de 66 mil pacientes receberam o diagnóstico de câncer de mama em 2022. A forma mais rápida para diagnosticar é através do exame de mamografia.
Em Santa Catarina, mais de 90 mil mulheres realizaram o exame somente em 2023. O tempo médio de espera entre a requisição e realização é de 20,65 dias.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), um em cada três casos pode ser curado se descoberto logo no início. Na Maternidade Carmela Dutra, apenas em 2023, já foram realizadas 2.018 mamografias. Número 30% maior do que em 2022.
Na outra ponta, estão mulheres que passaram pelo tratamento e tiveram que realizar a mastectomia, ou seja, a retirada da mama. Para estas mulheres, há a garantia legal da realização de cirurgia de reconstrução mamária.
Mas a realização da cirurgia de reconstrução mamária, por vezes, não é a opção escolhida, neste sentido, o Governo do Estado também vai disponibilizar através da Rede Feminina de Combate ao Câncer e da AMUC, a distribuição de sutiãs com próteses de silicone.
Fonte: Alesc