Há 74 dias no Presídio Regional de Blumenau, o pastor e ativista político Dirlei Paiz está próximo de ser libertado. Esta é a expectativa do advogado dele, Jairo dos Santos, a partir de sinalizações do Supremo Tribunal Federal. Na última sexta-feira, o presidente do STF, Alexandre de Moraes, concedeu a liberdade provisória ao influenciador Ivan Rejane Fonte Boa Pinto, acusado de incitar violência contra autoridades e políticos de esquerda.
Ivan foi preso cerca de um mês antes de Dirlei e com outra acusação. O pastor, que era também cargo comissionado na Câmara de Blumenau, foi preso na 14ª fase da Operação Lesa Pátria, da Polícia Federal, que investiga os responsáveis pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro.
Ele e outras pessoas são acusadas de criar um grupo que ficou conhecido como “Festa de Selma”, que organizou viagens a Brasília e fomentava posturas contra o resultado das eleições. Dirlei foi uma das principais lideranças do movimento em frente ao 23º Batalhão de Infantaria de Blumenau após o resultado das eleições de 2022.
O seu advogado, Jairo dos Santos, acredita que ele não complete três meses na cadeia, portanto deva ser solto nos próximos dias. Diz que já esteve três vezes no STF em Brasília e faz uma defesa técnica e não política. “Não estou aqui para ganhar “likes”, estou para ajudar meu cliente”, afirma. Entre os argumentos dados ao Supremo, esta o que Dirlei Paiz não tem capacidade financeira de ser financiador dos atos, não criou o grupo de whatsapp e não tem liderança politica a ponto de influenciar as pessoas a participarem dos ato antidemocráticos de 8 de janeiro.
Afirma ainda que Dirlei não esta recebendo visitas de familiares a pedido do próprio, para evitar constrangimentos e que ele, Jairo, proibiu visitas de outros advogados e lideranças políticas, para evitar a politização da prisão e mais problemas para seu cliente.
Seja o primeiro a comentar