Fiz muitas críticas a demora de Napoleão Bernardes (PSDB) em definir sua equipe para o segundo mandato. Ele diz que estava dentro do prazo anunciado, 38 dias do novo governo.
Agora cabe-me a elogiar o conjunto de nomes anunciados nesta quarta-feira, 8. Mesmo tendo que atender interesses de 13 partidos (os 12 da eleição mais o PR), Napoleão montou uma equipe onde a capacidade técnica predomina, mesmo quando existe indicação política.
10 secretários permanecem onde estavam. Jean Havenstein (PSDB) na Chefia de Gabinete, Ricardo Stodieck (PSDB) no Parque Vila Germânica e Turismo; Paulo Costa (Sem partido), na Gestão Governamental; Patrícia Lueders ( sem partido, que assumiu no começo de 2016), na Educação; Maria Regina Soar (PSDB), na Saúde; Anderson Rosa (sem partido, que também assumiu no começo de 2016) na Administração; Carlos Lange (PSDB), no Seterb; Rodrigo Jansen (DEM), na Procuradoria; Rodrigo Ramos ( sem partido, que assumiu em 2016), na Fundação Cultural; Erno Bublitz (PSDB), no Distrito da Vila Itoupava.
Outros secretários permanecem, em posições diferentes. Alexandro Fernandes (PSDB), que passou pela Fazenda e Comunicação, está no Samae; Marcelo Schrubbe ( sem partido), que estava na Defesa do Cidadão, vai para a Secretaria de Serviços Urbanos e Juliano Gonçalves (PV), do Planejamento para a nova pasta de Secretaria de Regularização Fundiária e Habitação.
Dois outros nomes que integraram por um tempo o Governo Napoleão voltam: Marco Antônio Wanrowsky (PSDB), que já foi prefeito interino e Chefe de Gabinete, assume a Comunicação e Roni Wan-Dall (PP), que já comandou a secretaria de Administração, agora cuidará da Fazenda.
Estamos falando de 15 nomes e postos. Menos com alguns tendo forte componente político, como Wanrowsky, Wan-Dall e Juliano Gonçalves, não dá para negar a capacidade deles como gestores.
Vamos as novidades e as indicações políticas.
As três indicações do PMDB são representativas, em especial Régis Evaloir da Silva para a secretaria de Obras (apesar de que eu não tiraria o Paulo França, assunto para outra postagem). Airton Maçaneiro na Intendência do Garcia e Egídio Bechauser na FMD são indicações bem recebidas. Aqui cabe uma observação. Apesar da indicação de Egídio ser atribuída ao Solidariedade, ela é do PMDB. Tanto o nomeado, como o vereador Zeca Bombeiro (SD), são próximos do presidente Ericsson Luef, presidente da Comissão Provisória do PMDB.
Entre o pessoal do PP, Roni Wan-Dall na Fazenda e Cezar Cim no Procon, são nomes importantes.
As duas outras indicações são um ponto de interrogação para mim. Na URB, uma surpresa. Michael Raul Schneider ocupará a vaga que todos davam como certa para o atual presidente, Rodrigo Zanluca, os dois do PP. Pouco os conheço.
Como pouco sei sobre Alexandre Baumgratz que vai para a Faema no lugar de Éder Boron ( sem partido), que volta para o gabinete do Prefeito. A burocracia da Faema no que diz respeito ao licenciamento ambiental é uma das maiores cobranças do setor produtivo e Eder estava conseguindo “desatar alguns nós”. Eu não mudaria, pelo menos agora.
Outra pasta que entendo que a mudança não deveria ser feita e prevaleceu a política é a Secretaria de Defesa do Cidadão, a Defesa Civil. Marcelo Schrubbe comandou até agora e a cada ano capacitava-se para esta linha de atuação. Como curinga, foi relocado para dar lugar a Rodrigo Quadros, do DEM Jovem, assessor do vereador Becker.
Pouco conheço de Rodrigo Quadros, mas sei que sua nomeação é política e não técnica. O investimento profissional em Marcelo Schrubbe ( cursos, seminários, viagens internacionais) foi deixado em segundo plano. Perde uma área sensível da administração pública.
Pouco conheço de outro indicado do DEM, Moris Cleber Kohl , mas também pouco ouvi falar da secretaria que ele ocupará e, pelo jeito, não ouvirei no segundo mandato. É a de Desenvolvimento Econômico, agora também Inovação e Empreendedorismo. E ainda tem na cota do partido o Procurador Rodrigo Jansen, que eu nem sabia que era filiado, pelo caráter técnico da função exercida.
Outras duas indicações com forte teor político estão na área de Assistência Social. Oscar Guilherme Grotmann, na Secretaria de Desenvolvimento Social e Cristiane Loureiro na Pró-Família são da cota do PSB, leia-se do vice-prefeito Mário Hildebrandt.
Quem é totalmente avulso é Ivo Bachmann Junior (sem partido) na secretaria de Planejamento. De carreira, a informação é que esquentará lugar, depois da recusa de Paulo França (“PMDB do B”). Marcelo Manrich, ligado ao ex-secretário de João Paulo Kleinubing (PSD), Walfredo Balistieri (DEM), é cotado para assumir a vaga em breve.
No frigir dos ovos, no acomodar das cadeiras, o saldo é positivo para a largada do segundo mandato no que diz respeito a equipe para tocar o segundo mandato. Apesar do atraso.
Os primeiros 27 nomes do novo governo de Napoleão Bernardes já são conhecidos. Restam mais de 300 no segundo, terceiro e quarto escalão, que agora começam a ser definidos. Muitos deles ditam o ritmo da administração.
Quer conhecer mais os escolhidos por Napoleão Bernardes? Leia aqui.
O Napo se superou,, conseguiu nomear um colegiado bem pior do que o do primeiro mandato. Quem já fez vai fazer muito mais …mais …..mais.
A troca de Marcelo Schrubbe por Rodrigo Quadros mostra que o executivo não esta preocupado com o atendimento e os serviços. Leva para Defesa Civil o assessor do vereador que assina documentos e depois pede para retirar a assinatura , que nada soma na câmara e sem contar a total falta de capacidade tecnica pra uma secretaria tão importante . Quem já fez vai fazer mais ?
Apoio politico tem seu preço e quem paga é o povo .
Se para o primeiro escalão ocorre isto, imagina no segundo …300 cargos a serem loteados , uma vergonha .
O fluir inexorável do tempo levará Napoleão Bernardes ao mais alto posto político neste país…
A não ser que se lhe atravesse algum Paulo Bauer ou outro que, num ataque de vaidade, não abra mão de sua candidatura à Casa d’Agronômica.
Siga a SUA linha mestra, Prefeito.
Não ande em más companhias!
Afaste-se dos corruptos!
Tenha sempre em mente que na política, agradamos a uns e desagradamos a outros e não se consegue mudar isto.
Sempre, sempre repetindo a frase do Victor Lasky: na política não há amigos, apenas conspiradores que se unem.
Boa sorte a Blumenau!
Boa sorte ao Brasil!
Muita saúde, Prefeito!
Os comentários negativos e críticas de quem não sabe fazer outra coisa sempre vão existir. Uma análise fria e isenta dos nomes escolhidos mostra claramente que o prefeito se cercou de uma equipe competente. No primeiro mandato, recebeu uma prefeitura endividada, com diversos problemas graves (greves de ônibus, Foz do Brasil, a lista é grande) e foi resolvendo-os um a um mesmo durante a pior recessão que o Brasil enfrenta em décadas e décadas. Napoleão é oxigenação pra um cenário político que precisava desesperadamente ser renovado. Fica nossa torcida pra que se eleja governador em 2018.