Eleição municipal em Santa Catarina, entre o pragmatismo e o bolsonarismo

Foto: PMB

O voto do eleitor em uma eleição municipal é marcado pelo pragmatismo, quase nada pela politica. O cidadão compara os concorrentes, vê os currículos, analisa os discursos, posturas e propostas e escolhe pela a que considera que servirá melhor para a cidade e, por consequência, para ele e sua família.

O eleitor quer apostar naquele que aparenta as melhores condições de resolver suas demandas, sejam elas na área da saúde, educação, mobilidade urbana, assistência social, segurança, lazer, zelo e por aí vai. Querem um gestor, em resumo, e no caso dos vereadores, aquele que vai defender os interesses de segmento A ou B.

Claro que não querem políticos corruptos ou que deixem dúvidas sobre suas posturas pessoais. Não querem ver sua Prefeitura endividada, com dificuldades para pagar servidores ou prestadores de serviços.

E ainda gostam do político criativo, aquele que traz soluções inovadoras para problemas que parecem crônicos.

E por fim, não menos importante, não querem um político que atrapalhe.

Mas, em 2024, a eleição municipal em Santa Catarina tem tudo para trazer o componente ideológico político como vetor para a escolha do eleitor. O bolsonarismo.

Derrotado na eleição nacional, os ideais representados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ainda estão muito vivos em terras catarinenses, mesmo com toda a falta de investimento da gestão dele para a região e a falta de empatia em momentos difíceis. Ele ainda é visto como “mito”, em especial no Vale do Itajaí.

Sendo assim, já é possível perceber uma forte movimentação da classe política para mostrar que está do lado do capitão – aquele mesmo expulso do Exército. Uma foto com ele é comemorada como um trunfo eleitoral antecipado e uma eventual manifestação favorável na eleição é apontada como definidora do voto do eleitor.

Mesmo quem não é bolsonarista raiz tenta pegar carona.

Com quem converso no ambiente político, aponta a necessidade do candidato estar identificado com o bolsonarismo para almejar algum sucesso eleitoral, o que é um risco.

Este debate ideológico não leva a nada para a nossa aldeia. O voto precisa ser consciente e pragmático.

Até para não ficar quatro anos depois reclamando nas redes sociais.

3 Comentário

  1. Penso que o Catarinense não é “Bolsonarista”,mesmo com seus defeitos , o que nunca viu na esquerda Lulista.

    Catarinense não quer um salvador da pátria, o que o catarinense não quer é um ex presidiário, condenado por inúmeros juízes e descondenado (não inocentado), por artimanhas jurídicas. Alguém que foi delatado por inúmeros políticos e empresários nas suas delações premiadas. Empresários e políticos que devolveram bilhões aos cofres públicos da corrupção apresentada na operação lava jato , enterrada pelas artimanhas jurídicas dos aliados .

    Queremos vereadores , prefeitos e deputados que tenham caráter, dignidade e lisura , que atuem como manda a constituição. Queremos eleger pessoas do bem, que prezem pelo sobrenome que ganharam de seus pais, que honrem o juramento de posse . Sei, não vivo na Suíça, vivo no Brasil, mas como bom brasileiro, não desisto nunca, só não sei dizer se nós próximos três anos não vou desistir, porque 2023 ´um ano para esquecer .

  2. Como disse o Presidente,no último domingo na reunião do PT “o Brasileiro que ganha um pouco mais e fica um milímetro mais inteligente, não Vota mais no”. Ele chamou de BURRO, que vota nele.
    “É o pai dos bobres.
    Acorda Brasil!!!!!

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