A acadêmica de matemática da Uniasselvi, Marina Keiko Murakami, ocupou a Tribuna Livre na sessão ordinária desta terça-feira, dia 12. Ela apresentou o projeto “A importância do Legislativo Municipal no Âmbito da Democracia Representativa” e fez considerações quanto a importante participação da sociedade na política.
Residente em Blumenau desde 2007, Marina se aprofundou no tema e fez a abordagem com bases estatísticas. Começou fazendo um comparativo populacional de Blumenau, onde em 1980 o censo apontou 159.828 habitantes e na pesquisa mais recente, em 2023, chega a 361.261 habitantes. Na Região Sul, Blumenau aparece como oitava maior população. No Brasil, os dados apontam para a 71ª posição. Estima-se que em 2053, Blumenau ultrapassará a marca de 500 mil habitantes.
Por sua vez, a questão política vem apresentando um crescente desinteresse na visão de Murakami. “Você lembra em quem votou para vereador na última eleição? A maioria não lembra nem mesmo o voto para deputado ou senador que é o mais recente. Os dados refletem o desinteresse do povo de Blumenau, os eleitores e políticos estão se distanciando. Também é grande o desinteresse em participar da vida política da cidade”, afirmou a acadêmica.
A acadêmica fez um levantamento em que consta o número de 160.40 mil votos válidos para a eleição de Prefeito, em 2020, enquanto a de vereador ficou com apenas 143.33 mil. “A política é feita de representatividade. É dentro da Câmara de Vereadores que começa a política. Aqui se produz leis, fiscaliza situações do executivo e dá diversos encaminhamentos”, comentou Marina, que ainda fez uma explicação sobre as mudanças no quociente eleitoral para 2024.
Na sua conclusão a acadêmica mostrou preocupação com o cenário eleitoral, avaliando uma possível desmotivação por parte do eleitor. “A cidade está desmotivada e com isso vamos ter uma matemática que vai dificultar bastante. Entendo que em Blumenau muitos são migrantes e ainda nem mesmo transferiram o seu título eleitoral e também temos a justificativa de ausência muito alta. A multa para quem não vota é irrisória. Compensa mais pagar a multa eleitoral do que pagar a passagem de ônibus para ir votar. Esse é o cenário que apresento para vocês começarem a entender a eleição de 2024”, concluiu Marina.
Fonte: CMB
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