Vereadores confirmam reforma administrativa da Prefeitura de Blumenau

Foto: Informe Blumenau

Aconteceu o esperado. A administração Napoleão Bernardes (PSDB) fez valer sua ampla maioria (e ainda arregimentou três da “teórica” oposição”) para aprovar sua proposta de reforma administrativa neste segundo mandato.

Foto: Informe Blumenau

Foram 12 votos a favor, duas abstenções, sem o voto do presidente Marcos da Rosa (DEM), que só participa em caso de desempate.

Antes de nada, é preciso dizer que, no pouco que se conhece, a reforma parece importante.

Mesmo o custo extra, gerado com a criação de cinco cargos (quatro com remuneração e mais o de secretário do BID, este ficando “elas por elas” pelo cargo ser ocupado pelo vice-prefeito Mário Hildebrandt), estimado em R$ 41 mês com salários, não é alvo de críticas, pela necessidade destas novas funções.

A única critica que pode-se fazer é pela votação a toque de caixa. Os vereadores receberam por volta das 14 h desta quinta-feira, 16, um extenso documento, propondo mudanças na máquina administrativa da Prefeitura, em diversas secretarias, fundações e autarquias. Diretorias e gerências foram remanejadas de lugar.  Tramitou em regime de “urgência urgentíssima” e em menos de quatro horas elas foram aprovadas.

Até pelo respeito entre Poderes, o Executivo poderia ter dado pelo menos uma semana para que os legisladores entendessem detalhes das mudanças. O novo Governo demorou 46 dias deste mandato, e mais 60 depois do resultado da eleição, para mandar uma proposta deste tamanho. A pressa só veio agora.

A exposição do secretário de Governo e Transparência, Paulo Costa, na apresentação do secretariado e em reunião com um grupo grande de vereadores foi importante, mas traçou apenas as linhas gerais das mudanças. Eu, como cidadão, gostaria de conhecer um pouco melhor, até para aplaudir depois, se fosse o caso.

Imagino que este seja uma das tarefas dos vereadores. Não apenas carimbar projetos.

É claro que o governo Napoleão vai patrolar nos debates políticos do Legislativo. Trabalhou para isso, na campanha eleitoral, depois na eleição da Mesa Diretora da Câmara e mais recentemente com a divisão do secretariado.

Mas antes da sessão começar, havia uma expectativa que poderia haver uma rebeldia maior, o que não aconteceu. Alguns vereadores que se mostravam descontentes, na hora do “vamos ver” foram com o governo.

Três vereadores de oposição alinharam-se com o governo. Jovino Cardoso Neto e Professor Gilson (ambos do PSD) e Alexandre Caminha (PROS).

Da base, apenas Ricardo Alba (PP) se absteve, justificando pelos argumentos acima. Teve companhia do Adriano Pereira (PT), o único com cara de oposição real ao projeto tucano.

Ironicamente, Ricardo Alba  e o Partido dos Trabalhadores estiveram juntos na votação, contra os demais.

Foto: Informe Blumenau

Vou postar em breve vídeos com a justificativa de votos dos vereadores, é possível ver alfinetadas e provocações. E também conhecer a história do vereador que  disse uma coisa e fez outra. Duas vezes.

 

2 Comentário

  1. Coisa óbvia.. .12 subservientes do executivo e 1 conivente sem coragem,
    Abstenção é coisa de conivente medroso ou demagogo.
    Quantos carguinhos foram lotados nesta vergonha?

  2. Se o prefeito mandar projeto de lei para cobrar IPTU da toca do coelhinho da Páscoa.. .eles aprovam.

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