Intimado para depor nesta terça-feira (30), o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) disse que a postagem que deu origem a um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) não teve a intenção de ofender ou atacar o atual chefe da Polícia Federal, Andrei Rodrigues.
As informações foram confirmadas para a CNN pelo advogado do vereador, Antonio Carlos Fonseca.
Fonseca, Carlos Bolsonaro e o delegado responsável pelo caso se encontraram na sede da Polícia Federal na zona portuária do Rio de Janeiro pouco depois das 9h da manhã. Cliente e advogado entraram e saíram sem falar com jornalistas.
A expectativa da defesa é que a fala de Carlos possa ser suficiente para que esse inquérito não siga adiante.
Ele alegou que a postagem sobre democracia que trouxe imagens do pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, morto em forma de sátiras, e crítica ao “diretor” não tiveram como alvo uma pessoa específica, mas foram uma expressão da indignação dele.
Carlos foi questionado sobre o que teria motivado a postagem, ponto central da investigação. Ele disse que não mirava ninguém em específico e que a suposta perseguição contra o pai dele começou antes mesmo da chegada de Andrei Rodrigues ao comando da PF.
O depoimento atende a uma intimação da Polícia Federal sobre uma postagem de Carlos Bolsonaro feita em 27 de agosto de 2023. A mensagem foi tida como ofensiva ao diretor da Polícia Federal, Andrei Rodrigues.
O filho de Bolsonaro republica uma postagem do perfil “Dama de Ferro”, que traz imagens de alusões ao pai morto em forma de sátira.
O perfil escreve: “zero busca e apreensão, zero inquérito, zero perfis bloqueados, zero reportagem em repúdio, pessoas presas: zero”. No título da postagem, a frase: “tudo pela manutenção da democracia”.
Sobre esta imagem, Carlos Bolsonaro afirma que “o seu guarda diretor aqui enxerga com outros olhos”, o que foi interpretado como alusão a investigações desequilibradas entre ameaças a Lula e a Bolsonaro.
“De acordo com o setor de inteligência da PF, essa publicação do Carlos seria ofensiva ao atual Diretor da PF, que sequer tinha conhecimento do fato e foi instado a se manifestar, e determinou a instauração do inquérito”, disse à CNN o advogado de Carlos Bolsonaro, Antônio Carlos Fonseca.
Fonte: CNN Brasil
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