A semana foi muito tensa no terceiro andar da Prefeitura, onde fica o coração político do Governo. Poucas manifestações externas, muitas, muitas reuniões internas, tensão e incertezas. Tudo por conta da sinalização do deputado estadual Egidio Ferrari, para o Informe Blumenau Entrevista, que iria filiar-se ao PL para ser pré-candidato do 22 à sucessão de Mário Hildebrandt, que filiou-se no PL há uma semana.
Foi na noite de quinta-feira, 15, que Egidio, até então filiado ao PRD, mas em noivado com o MDB, apareceu na foto de filiação do prefeito de Blumenau, a pedido do governador Jorginho Mello, gerando uma série de especulações que em poucos dias se revelaram fato.
“É tempo de pensar e não agir”, foi o máximo que consegui tirar do clima na Prefeitura. Como qualquer prefeito que não pode concorrer, Mário Hildebrandt busca fazer o sucessor, que sinalizaria uma boa avaliação da população sobre o trabalho dele. E viu na vice-prefeita Maria Regina Soar (PSDB) a candidata ideal para liderar este projeto de continuidade.
A entrada de Egidio no time que seria, em tese, capitaneado por Mário Hildebrandt, que está dando ao PL a sua maior Prefeitura em Santa Catarina, muda a organização interna, pelo menos em tese. O candidato, também em tese, lidera o projeto e Egidio não é afinado com o do atual chefe do Executivo, mas também não é um adversário ferrenho. Começou este ano eleitoral ocupando espaços com críticas a gestão da Prefeitura.
Se Mário e Egidio dizem que seguem o que manda o líder maior, o governador Jorginho Mello, presidente estadual do PL, vão ter que se aproximar, até pelo sucesso de ambos.
E para esta aproximação, alguns pontos são importantes.
Como fica o companheiro de chapa de Egidio? Maria Regina teria interesse? Se tiver, o nome dela agradará Jorginho? Mário Hildebrandt conseguirá indicar um nome seu?
E Egidio, como vai tratar a gestão que está no poder pelo segundo mandato? Muitas vezes, discurso de oposição é muito mais fácil de fazer. Agora, não poderá bater.
Mas vai defender? Será o candidato da situação?
Confira um trecho da nossa conversa no Informe Blumenau Entrevista.
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Egidio é um bom nome, mas infelizmente não podemos perder um deputado acredito eu, e precisamos mudar essa política de pular de galho em galho, se for eleito para um cargo pelo menos precisa completar um mandato e não ter prejuízo com a perda de representação.
E o mandato de deputado?
Foi eleito para 4 anos já roeu a corda?
Quem garante que se for eleito prefeito, não roa a corda em 2 anos?