Foto obtida com sucesso

Foto: reprodução/redes sociais

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) conseguiu o que queria com o ato deste domingo na avenida Paulista. Mostrar para o STF e para a Polícia Federal a sua força através da força de seus simpatizantes. Uma multidão atendeu a convocação pela Democracia, de quem tanto atentou contra ela recentemente.

Michele Bolsonaro abriu as manifestação, com um discurso entre messiânico e emocionado, dizendo que “fomos negligentes por não misturar política com religião e o mal tomou conta da nossa nação”. Terminou sua fala com “Glória a Deus” e “Aleluia”.

Referências religiosas tomaram conta dos discursos da classe política, começando pelos deputados federais Gustavo Gayer e Nikolas Ferreira. Mais de cem compareceram, segundo a organização, e não havia previsão de fala para eles, o que acabou acontecendo para estes dois selecionados. Alguns senadores também se manifestaram.

“Bolsonaro, Deus te escolheu”, manifestou o senador pastor Magno Malta (PL).

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), falou em nome do grupo de quatro governadores presentes. Além dele, o de Minas, Romeu Zema (Novo), o de Goiás, Ronaldo Caiado (União) e Jorginho Mello (PL), de Santa Catarina.

Fez questão de lembrar o que apontou como realizações e melhorias do Governo Bolsonaro, algumas questionáveis, como atribuir a ele a criação do PIX, cujos estudos começaram pelo Banco Central ainda na gestão de Michel Temer (MDB).

“Nossa economia anda por conta do PIX”, disse, lá pelas tantas, Tarcísio.

Antes de Bolsonaro falar, foi a vez do pastor Silas Malafaia, organizador do ato. Com trilha sonora de fundo, criticou o presidente Lula (PL), relacionando ele ao Hamas e as últimas manifestações do petista contra a guerra.

E seguiu. “…vou mostrar para vocês a engenharia do mal para prender Jair Bolsonaro, a engenharia do mal para tirar o nosso estado democrático de direito”,  disse Silas Malafaia, falando sobre atos do ministro Alexandre de Moraes, no Supremo e no Tribunal Superior Eleitoral, sobre a suposta “engenharia do mal.”

Numa parte do discurso, dá a entender que o Governo Lula teve participação nos atos antidemocráticos de 8 de Janeiro de 2023, afirmando estar “mostrando a história real”, pontuando manifestações do MST e do próprio PT que não foram chamadas de “golpe” pelas autoridades da época, comparando situações incomparáveis.

“Estado democrático de direito esta a perigo”, afirmou, antes de chamar uma oração. “Senhor, limpe esta nação de homens maus!”

Apesar da presença do governador Jorginho, do senador Jorge Seif, dos deputados federais catarinenses e outros tantos políticos, nenhum teve direito a manifestação. Chamou a atenção a ausência do empresário Luciano Hang, dono da Havan.

Jair Bolsonaro começou a falar a partir das 16h15, usando Deus no começo de sua fala. “Meu Deus, o povo brasileiro não merece este sofrimento…”

Lembrou da facada recebida na campanha de 2018, “por um cara filiado ao PSOL”, afirmou.

Falou durante cerca de 25 minutos.

Destacou sua trajetória política. Ao falar do que considera realizações do seu Governo, citou Jorginho Mello, então senador, pela criação do Pronampe, para ajudar os micro e pequenos empreendedores. Destacou o ministro da Fazenda, Paulo Guedes. “Chegamos a crescer mais que a China.”

Disse que o aconteceu em outubro de 2022, sem citar a eleição que foi derrotado, era “página virada da história”.

E depois, se posicionou contra o socialismo, ideologia de gênero, pelo direito de defesa da vida, contra aborto, drogas e se colocou na condição de vítima, falando que estava sendo perseguido.

E buscou justificar as acusações de tentativa de golpe do Estado, admitindo em determinado momento que houve o debate sobre um possível Estado de Sítio, e que isso não aconteceu.

Jair Bolsonaro disse que “busca uma pacificação, passar uma borracha no passado”, sobre o que pode acontecer com ele e pediu aos representantes do Congresso Nacional um projeto de anistia aos condenados por 8 de janeiro. “Estes pobres coitados”, disse.

Agradeceu quem estava na Paulista por fazer “uma fotografia para o Brasil e para mundo”, motivo da manchete deste post. E antecipou a largada eleitoral, defendendo a importância da eleição municipal deste ano e de 2026.

E encerrou com um até breve!

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