Opinião | Um ano da maior atrocidade vivida por Blumenau

Imagem gerada com IA

No dia 5 de abril de 2018 eu assumi a Prefeitura de Blumenau. Data que até um ano atrás seria inesquecível pra mim e para minha família. Mal eu sabia, que cinco anos depois, o dia 5 de abril se tornaria o mais difícil e doloroso da minha vida. A cidade parou diante de uma atrocidade, de um monstro que não merece referência, mas que há de enfrentar todas as consequências.

Eu me lembro bem daquela quarta-feira. O clima era amigável, com a proximidade da Páscoa. Na proximidade da data em que celebramos a ressurreição de Cristo, Blumenau parou e sofreu a perda de quatro filhos. Sofreu por quatro lares que não teriam mais risos e mais a inocência dos pequenos; sofreu pelo ambiente atacado e pela insegurança gerada dentro de um espaço que até então era sinônimo de alegria, cuidado e esperança de dias melhores.

Desde o fatídico dia na creche, as escolas que eram ambientes livres, tiveram que ter muros erguidos, grades instaladas e segurança armada. Algo jamais teria imaginado dentro de uma cidade que trabalhava para tirar muros e fazer da educação um espaço cada vez mais livre.

Sei que é difícil confortar o coração dos blumenauense depois de um fato como esse. Sei que todos os pais da cidade se perguntam se seus filhos estão seguros nas escolas. E é por isso que venho tentando desde o ano passado fazer o máximo que posso, aquilo que está ao meu alcance como prefeito. Seguimos investindo em nossas unidades de educação, instalando câmeras nas unidades, contratando profissionais armados e equipes que auxiliem no cuidado dos pequenos e dos servidores de dentro das unidades. Seguimos buscando retomar o sentimento de segurança e confiança nos nossos espaços educacionais.

O dia 5 de abril, que era de uma memória feliz pra mim desde 2018, é cinza desde o ano passado. Nunca mais terá o mesmo brilho e nunca mais será o mesmo. Nem pra mim e tenho certeza que pra ninguém que viveu o pesadelo daquele dia em Blumenau. Nós seguimos buscando uma Cidade melhor e orando para que Deus acalente e dê forças aos familiares e amigos daqueles quatro anjos que hoje não estão mais em nosso meio.

Mário Hildebrandt, prefeito de Blumenau

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