Inaugurada em 1915, a histórica usina Salto Weissbach, localizada em Blumenau, esteve de portas abertas para toda a comunidade neste sábado (27). Das 9h às 16h, os cerca de 2.500 visitantes tiveram acesso, de forma gratuita, a uma série de apresentações culturais, ações de cidadania, exposições de arte e artesanato local, além da oportunidade de conhecer de perto e em detalhes a história e as instalações da unidade.
O presidente da Celesc, Tarcísio Rosa, chegou cedo e se impressionou com a proporção do evento. “Me surpreendi com a quantidade de pessoas quando chegamos. Tem muita gente prestigiando o que é seu. Afinal, estamos aqui cuidando do que é de Blumenau”, afirmou.
O presidente disse que o objetivo da Celesc é cuidar da Usina Salto para preservar sua história e gerar energia em melhor quantidade e qualidade para a região. “Aqui temos uma beleza natural bem utilizada, com todos os cuidados que merece, e gerando energia. Nosso compromisso com a sociedade de Blumenau é manter a usina funcionando e manter a história viva e bem conservada”, declarou.
Para o Diretor de Geração, Transmissão e Novos Negócios da Celesc, Elói Hoffelder, esta quinta edição do Portas Abertas foi uma oportunidade única para que a comunidade conhecesse de perto o trabalho da Companhia. “Estamos aqui em Blumenau trazendo informações à nossa sociedade, abrindo as portas da Usina Salto para que a comunidade conheça um pouco como a energia é transformada e chega até a sua casa. Como estamos com um projeto de ampliação da unidade, nada mais justo que a sociedade conheça o que a Celesc tem a oferecer para ela. Parabéns a todos que se empenharam pela realização deste evento”, destacou.
O prefeito de Blumenau, Mário Hildebrandt, pontuou que não pensou duas vezes quando a administração municipal foi convidada a participar do evento. “Quando fomos procurados para sermos parceiros, de pronto a prefeitura, por meio das mais diversas secretarias, disse ‘estamos juntos’ porque a Usina Salto faz parte da história de Blumenau. Se voltarmos até 1914, ou 1915, podemos ver o quanto ela incentivou e propiciou o desenvolvimento econômico com a implantação de empresas em nossa cidade. Sem dúvida essa história precisa ser lembrada periodicamente para nossas crianças e ser firmada na história do desenvolvimento econômico da nossa cidade. Quem não esquece sua história consegue olhar melhor para o futuro. Então a Celesc está de parabéns”, destacou.
Por sua vez, o gerente regional da Celesc em Blumenau, João Marcos Ribeiro, comemorou a grande adesão da população. “O evento Portas Abertas é um momento único em que a Celesc abre as portas da Usina Salto para toda a comunidade. Uma usina tombada pelo patrimômino histórico, de 1914, completamente conservada em suas características construtivas. Ou seja, desde o azulejo até os equipamentos que fazem a geração de energia elétrica. Ela opera e nós temos uma alegria de saber que as pessoas têm se interessado de vir aqui conhecer e prestigiar a usina”, disse.
Atrações
Entre as atrações presentes nesta quinta edição do Portas Abertas estava a Banda Municipal de Blumenau, que levou músicas clássicas dos anos 70 e 80 em roupagem instrumental para todos os presentes. Ainda na parte da manhã, a banda do 23º Batalhão de Infantaria, Sentinela do Vale, encantou os visitantes trazendo novas versões de sucessos que animam diferentes gerações, indo de Tim Maia a Sia, e de Coldplay a Camila Cabello e Shawn Mendes.
Na parte da tarde, foi a vez do Grupo Folclórico Germânia e do Blumenauer Tanzkinder empolgarem o público com a apresentação de danças tradicionais alemãs, em roupas típicas de época, homenageando a cultura que mais exerceu influência sobre os blumenauenses.
Em meio às ações culturais, os visitantes puderam receber mudas de árvores e lições de educação ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas). Da parte da Samae, os interessados tiveram a oportunidade de acompanhar o processo de tratamento de água em uma mini-estação levada à usina.
O Hemocentro de Santa Catarina (Hemosc) também esteve presente, promovendo uma campanha doação de sangue, enquanto a Secretaria Municipal de Saúde realizava ações de combate à dengue.
Food trucks estavam à disposição para quem queria saciar a fome com hambúrgueres artesanais, pastéis ou espetinhos, por exemplo. Havia até chopp gelado para amenizar o calor durante o dia ensolarado.
Na antiga subestação da usina, um museu foi montado com peças utilizadas pelos trabalhadores do local na época de sua inauguração, como um medidor de rede, um teodolito e um registrador de corrente. Um escafandro e um telefone típico do início do século XX foram os itens que mais despertaram curiosidade. Para completar, um vídeo exibido em um telão contava detalhes da história da unidade.
Uma das atrações mais disputadas foi, sem dúvidas, a visita guiada às instalações da usina. Homens, mulheres e crianças formavam filas para poderem ver de perto o maquinário que faz a unidade funcionar.
A empreendedora social Candice Hardt Ferrari visitou a usina pela primeira vez durante o evento e ficou satisfeita com a experiência. “Achei excelente essa ação da Celesc de abrir as portas para a gente conhecer e, principalmente, ver essa parte histórica de uma usina que está há 110 anos em funcionamento. Foi muito rica a experiência e gostei bastante de participar”, afirmou.
Técnico em eletrônica, Tommy Witte ficou impressionado ao conhecer a instalação. “Pela minha profissão, sei como as coisas funcionam, mas não conhecia o tamanho, o volume disso. Acho importante a comunidade conhecer. Às vezes as pessoas conhecem locais importantes de outros lugares e esquecem da própria cidade. E é algo interessante de se conhecer”, ressaltou.
Quem também se deslumbrou com a visita foi Maria da Glória Demétrio Geisler. Aos 80 anos, ela mora há 20 na região e ainda não conhecia a usina. “Está tudo muito lindo. Achei aquelas máquinas e a casa antiga muito lindas. Está tudo muito legal, muito bom. Tem bastante gente nesse evento”, comentou.
Fonte: Celesc
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