A forte chuva dos últimos dias cancelou a eleição do diretório do PMDB de Blumenau, prevista para domingo. Mais que a disputa pelo diretório, está em jogo o comando do partido, na eleição da Executiva, feita alguns dias depois pelos 45 escolhidos para compor o diretório. Se a data fosse mantida, duas chapas iriam se enfrentar.
A nova data ainda não está definida e com isso ganhou-se tempo para buscar o consenso. O impasse maior diz respeito a presidência. Quem representa a oposição, quer o reitor João Natel como presidente e assim cacifá-lo como candidato a prefeito em 2016. Já o grupo que comanda atualmente, com Paulo França a frente, não está satisfeito com essa possibilidade, por considerar que tem mais história e densidade interna.
Paulo França, na presidência desde 1999 ( com dois períodos de exceção), já anunciou que não fica. Conversei com ele nesta sexta e ele acha difícil chegar a uma unidade, justamente pelo fato do grupo adversário mirar a presidência da Executiva. Conversei com duas pessoas do grupo de oposição, Natel e Maia, e ambos pareceram otimistas com relação a construção de um consenso, com o reitor como presidente. Falei também com o vice-prefeito Jovino Cardoso, que em tese não está de lado algum. Ele falou que o clima está tenso e considera que a unidade ainda está distante.
Mas graças a chuva, se ganha tempo. De um lado um grupo que comanda o partido há mais de duas décadas não aceita entregar o comando para quem chegou agora. Do outro, um grupo ainda minoritário que quer unidade, mas quer ocupar o melhor lugar.
O que está em jogo é o papel do PMDB no processo eleitoral do ano que vem. Com este desajuste interno, parece fadado a ser coadjuvante mais uma vez em 2016.
Seja o primeiro a comentar