Este post é uma especulação jornalística. Mas com base em fatos reais.
O PL, de Jair Bolsonaro, Jorginho Mello, Mário Hildebrandt e do pré-candidato a prefeito Egidio Ferrari, não tem um candidato a vice que seja unanimidade, nem entre os aliados. Em tese, a escolha é uma prerrogativa de Hildebrandt, que sempre tentou construir para viabilizar o nome de sua vice Maria Regina Soar, mas sem fechar outras possibilidades, que se fecharam sozinhas.
Com um certo pé atrás inicial no nome de Maria Regina por pessoas ligadas ao PL – inclusive o deputado Ivan Naatz – , foram em busca de outras alternativas.
Marcelo Lanzarin, do PP, é um nome, mas ele é muito mais um candidato de si mesmo e de João Paulo Kleinübing – que é um cabo eleitoral e tanto – do que do partido.
O nome sempre tratado como “consenso”, sem ser consenso, é o da secretária adjunta de Educação, Patrícia Lueders, filiada ao PL. Além dela sempre dizer não ter interesse em estar na eleição, uma chapa pura melindraria os aliados.
Se houver uma “ordem”, uma “determinação” do governador, Patrícia poderia ser candidata, mas, político como é, Jorginho sabe negociar e não faria isso goela abaixo. A não ser que pesquisas internas apontassem esta necessidade, que parece não ser o caso.
Vamos saber se Patrícia entra para o jogo nesta quinta-feira, 6, prazo limite para ele se desincompatibilizar.
Dito isso, o nome de Maria Regina Soar ganha força como vice, com dois pontos de interrogação. Ela toparia? O pessoal do Egidio/Jorginho já estaria mais disponível a aceitar?
A sinalização atual é sim para as duas respostas, mas o que não significa que isso resulte em acordo.
Houve um encontro recente entre o pré-candidato Egidio e a vice Maria Regina, reservado, só entre os dois. Segundo interlocutores, não houve conversa sobre alianças, mas serviu para “limpar a área”, o que já diz muito.
Do ponto de vista da Maria e do PSDB, já é possível perceber o tamanho do problema de ir para o pleito sozinhos.
Do ponto de vista do PL e de Egidio, já estão analisando que assumir a gestão Mário na campanha pode ser positiva, pelas avaliações das pesquisas, com uma aliança que traria para si quase todas as grandes siglas da cidade, maior parte de tempo de TV e um exército de pré-candidatos a vereador.
Onde há fumaça, há fogo, diz o ditado. Mas, em política – e na vida -, o fogo pode apagar ou propagar.
No caso, parece aquecido.
Depende dos interesses , nada fazem se não houver a contra partida.