Aconteceu na tarde desta terça-feira, 20, o primeiro debate eleitoral para prefeito em Blumenau, promovido pelo portal NSC Total, com os cinco candidatos. Foi nos mesmos moldes do realizado em Florianópolis e o grupo NSC, proprietário da principal emissora de TV de Santa Catarina, peca na transmissão, feita apenas com uma câmera estática, deixando os candidatos em cadeiras onde pareciam estar desconfortáveis.
Dito isso, foi possível perceber as estratégias, quando havia a possibilidade de candidato perguntar para candidato, com temas livres.
Egidio Ferrari (PL), como esperado, acabou sendo o principal alvo dos adversários, por representar a atual administração. Logo no início foi questionado por Odair Tramontin (NOVO), sobre o tamanho da estrutura administrativa e a recente medida da gestão Mário Hildebrandt (PL), aprovada recentemente pela Câmara, de diminuir a participação de servidores de carreira nos cargos comissionados. “Eu não tenho que explicar nada”, disse Egidio ao ser confrontado por Tramontin.
Mesmo quando as perguntas não foram para Egidio, os temas acabavam convergindo para críticas contra a administração municipal, que o candidato do PL representa. Temas como transporte coletivo, escolas, saúde, saneamento básico, abastecimento de água, Samae, entre outros, respingavam nele.
Foi possível perceber também que o candidato do PL buscou confrontar com a candidata Ana Paula Lima e o PT, inclusive com críticas a reforma tributária aprovada pela Câmara dos Deputados, com o voto da petista. Nas duas oportunidades possíveis, eles se enfrentaram.
Odair Tramontin teve uma postura mais comedida, sem apresentar propostas mais ousadas e de maior custo, sempre com foco na gestão eficiente. Defendeu a proposta do NOVO, que vem de Joinville, de premiar escolas que mais se destaque na rede pública municipal.
Ana Paula Lima lembrou de experiências das gestões do PT na Prefeitura, entre 1996 e 2004, mas evitou falar do Governo Lula (PT), indicando que na sua campanha este assunto ficará em segundo plano, para não trazer a polarização nacional para uma das cidades mais bolsonaristas de Santa Catarina.
Ricardo Alba (Podemos) usou quase todas suas falas para criticar a administração, por consequência o candidato que a representa.
E Rosane Magaly Martins usou sua fala para expor questões como políticas para a população LGBTQIAPN+, uma de suas principais bandeiras, insistiu nas denúncias de corrupção no Samae, sinalizou que vai rever o contrato do esgoto na cidade.
Na reta final, ao responderem o questionamento igual para todos, prioridades para os 100 primeiros dias de administração caso eleitos, cada um conseguiu traçar sua característica e foco.
Tramontin foi de gestão eficiente e criticas à atual gestão, Rosane prometeu uma gestão humanizada e revisão de contratos, Egidio prometeu proteger as famílias e Guarda Municipal, Ana fim das filas para atendimento e exames e construção de UPAS e Alba centrou mais uma vez na gestão municipal e prometer ser o prefeito que “mais vai fazer por Blumenau”.
Foi um debate inicial. Este jornalista gosta de assistir debates, mas entende eles como pouco produtivos, por conta do tempo das respostas e o engessamento das regras. Serve para alguém “mitar” ou para alguém pisar numa “casca de banana”, o que não aconteceu nesta largada.
Quem não assistiu, pode conferir aqui.
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